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Penca de Filmes de 2017


Seguem curtas anotações sobre alguns filmes lançados em 2017 (notas dos filmes entre parênteses – escala de 1 a 5):


A Dog's Purpose: Fantasia de cão que reencarna diversas vezes para entender seu propósito de vida: a felicidade do seu dono que o ama. Bem realizado e entretido, mas triste. (3)


A Trip to Spain: Em série televisiva de seis episódios dois atores passeiam pela Espanha e comem nos melhores restaurantes enquanto fazem imitações e falam bobagens. Só se salvam algumas imagens da Espanha. (1)


Alien: Convenant: Tripulação de uma nave colonizadora, com destino a um planeta remoto, descobre um paraíso desconhecido com uma ameaça além da sua imaginação. Ridley Scott falha uma vez mais. Depois da decepção com Prometheus (2012), este foi o fim da linha para a saga Alien. Pretensioso, moroso e sem emoção. (2)


American Assassin: Após a morte de sua namorada nas mãos de terroristas, Mitch Rapp é atraído para o mundo do contraterrorismo. Personagens estereotipadas e enredo banal. (2)


American Made: A história do piloto americano que se tornou traficante de drogas para a CIA na década de 1980, em operação clandestina que seria exposta como o Caso Irã-Contra. Versão muito romanceada da vida do piloto Barry Seal centrada em denegrir a CIA e enaltecer a vida criminosa do protagonista. (2)


Atomic Blonde: Agente disfarçada do MI6 é enviada à Berlim durante a Guerra Fria para investigar o assassinato de um colega e recuperar uma lista de agentes duplos. Mais um “girl power” descartável. A equiparação moral entre KGB e seus antagonistas do ocidente mata qualquer filme de espionagem. (2)


Baby Driver: Depois de coagido a trabalhar para um chefe do crime, jovem motorista de fuga se vê participando de um assalto fadado ao fracasso. Muita ação e pouca emoção. Mas parece um longo e entediante videoclipe. (2)


Based on a True Story: Escritora passa por um período difícil após o lançamento de seu último livro, e envolve-se com uma admiradora obsessiva. Polanski volta ao tema da esquizofrenia já abordado em Repulsion (1965) e The Tenant (1976), mas desta vez erra completamente a mão. Não funciona como thriller pois não se precisa nem dez minutos de filme para entender a natureza da personagem Elle. A péssima atuação de Emmanuelle Seigner parece contaminar o resto do elenco. (1)


Becoming Bond: Divertido documentário sobre como George Lazenby conquistou o papel de 007 e o perdeu depois de apenas uma produção. Porém temos apenas a versão do próprio George. (3)


Beyond Skyline: Detetive embarca em uma busca incansável para libertar seu filho de um pesadelo em uma nave de guerra alienígena. Tentaram esticar um filme fraco para fazer uma franquia, e, como não podia deixar de ser, falharam. (1)


Bingo: O Rei das Manhãs: Baseado na história do palhaço apresentador "infantil" Bingo. Apesar de alguns momentos divertidos e nostálgicos, o filme se perde na apologia à baixaria e ao deixar em segundo plano o impacto da religião na redenção do protagonista (o desejo do palco o teria salvo na visão do filme). A caricatura grotesca do produtor americano só expõe a inveja e ressentimento gratuito que o brasileiro tem pelos vizinhos do norte. (3)


Bitter Harvest: Ambientado na Ucrânia dos anos 1930, enquanto Stalin promove as ambições dos soviéticas, o jovem artista Yuri luta para salvar sua amante Natalka do Holodomor, o programa de morte por fome que acabou matando milhões de ucranianos. Tímido em apontar as atrocidades comunistas. (2)


Black Butterfly: Roteirista recluso acolhe um andarilho misterioso que está determinado a retribuir sua gentileza ajudando-o a terminar sua última história. Filme de suspense que tenta algumas reviravoltas finais, mas tudo bastante previsível. Antonio Bandeiras é um canastrão insuportável. (2)


Borg vs. McEnroe: A história da rivalidade no tênis dos anos 1980 entre o plácido Björn Borg e o volátil John McEnroe. Para os fãs do tênis que testemunharam o embate dos dois nas quadras. (3)


Bullet Head: Três criminosos profissionais ficam presos em um armazém com a polícia se aproximando e uma ameaça ainda pior esperando lá dentro: um cão assassino quase imparável. Impossível ter empatia com criminosos. (1)


Coco: Aspirante a músico Miguel, confrontado com a proibição ancestral da música por parte da sua família, entra na Terra dos Mortos para encontrar o seu tataravô, um cantor lendário. Animação algo entretida mas que peca pelo sincretismo pagão. (2)


Crooked House: Espião que se tornou detetive particular é atraído por sua ex-amante para capturar o assassino de seu avô antes que a Scotland Yard exponha segredos obscuros de família. Falhada transposição do romance de Agatha Christie para a tela do cinema. (2)


Cuba and the Camera Man: Demasiadamente longo documentário de um fã de Fidel Castro registrando mais de quatro décadas da vida de uns poucos cubanos com os quais estabeleceu uma relação de amizade em várias viagens à ilha. Apesar de socialista e apologista do castrismo, as imagens captadas não conseguem esconder o horror da revolução (mesmo tendo escondido seus mais negros eventos). (1)


Darkest Hour: Excelente drama histórico patriótico sobre a forma como o primeiro-ministro britânico Winston Churchill lidou com o “milagre” em Dunquerque durante a Segunda Guerra Mundial. Infelizmente não menciona o apelo do Rei para um Dia de Oração e Arrependimento em todo o Império Britânico durante o auge da crise. (4)


Ex Libris: Baboseira progressista disfarçada de documentário sobre a biblioteca de New York. (1)


Filmworker: Documentário sobre a dedicação do assistente de Stanley Kubrick ao seu mestre. Um tanto longo e algo triste. (2)


First Kill: Corretor de Wall Street é forçado a fugir de um chefe de polícia que investiga um assalto a banco enquanto tenta recuperar o dinheiro roubado em troca da vida de seu filho. Bandido sequestrador “bonzinho” que educa o filho do rico melhor que o pai. Sério? Roteiro previsível e cheio de furos aberrantes. (1)


Get Out: Negro visita os pais de sua namorada branca no fim de semana, onde sua inquietação sobre a recepção deles eventualmente atinge o ponto de ebulição. Terror com alguma dose de comicidade. Surpreende e diverte. Crítica à idolatria politicamente correta aos negros ou gozação com os "whiteys"? Funciona dos dois jeitos. (4)


Ghost in the Shell: Num futuro próximo, a Major Mira Killian é a primeira da sua espécie: uma humana salva de um terrível acidente, que é cibernéticamente melhorada para se tornar um soldado perfeito. Sci-fi de ação baseado em anime. Apenas para fãs do gênero. (1)


Hangman: Detetive de homicídios tira seu parceiro da aposentadoria para ajudar a capturar um serial killer cujos crimes são baseados no jogo infantil Hangman. Enredo terrível. Chegou a hora de Al Pacino aposentar-se como protagonista? Este filme diz que sim. (1)


I, Tonya: O filme explora o evento midiático em que se transformou o ataque na patinadora Nancy Kerrigan em 1994. O filme apresenta Tonya Harding como vítima no processo, algo improvável. E termina dizendo que não existe verdade, pois cada um tem a sua. Um desfile de pessoas e ideias ruins. (2)


Icarus: IQuando Bryan se propõe a descobrir a verdade sobre o doping no desporto, um encontro casual com um cientista russo transforma a sua história de uma experiência pessoal num thriller geopolítico. Impressionantes revelações que resultaram no escândalo de doping russo patrocinado por Putin. O nível de mentira e mendacidade do pensamento esquerdista extrapola a normalidade humana, alcançando níveis absurdos de psicopatia. O pior é que a mentira funciona e traz lucro ao mentiroso. A cena da atleta russa (Elena Isinbaeva) chorando ao mentir sobre o crime na tentativa de evitar um boicote é para nunca mais esquecermos do que são capazes. Também demonstra a já notória corrupção moral do COI e as possíveis distorções por trás dos recordes olímpicos. (4)


John Wick: Chapter 2: Depois de retornar ao submundo do crime para pagar uma dívida, John Wick descobre que tem a cabeça a prêmio. Coreografia da morte que deveria ter ficado apenas no primeiro capítulo... e que virou franquia interminável. (2)


Kill Switch: Piloto luta para salvar sua família e o planeta depois que um experimento de energia ilimitada dá errado. Apesar bons efeitos especiais e alguns valores familiares, o enredo não prende a atenção e os atores são fracos. (1)


King Arthur: Legend of the Sword: Privado de seu direito de primogenitura, Arthur vive nos becos da cidade. Mas uma vez que ele puxa a espada da pedra, ele é forçado a reconhecer seu verdadeiro legado – goste ou não. Adaptação modernista da lenda do Rei Artur. Merlim virou uma garotinha e no final uma mão feminina levanta a Excalibur... precisa dizer mais alguma coisa? (1)


Kong: Skull Island: Após a guerra do Vietnã, uma equipa de cientistas explora uma ilha desconhecida no Pacífico, aventurando-se nos domínios do poderoso Kong. A qualidade das histórias de Kong parecem diminuir na mesma proporção do crescimento do gorila. Discurso antimilitarista gratuito. (2)


Life: Equipe de cientistas a bordo da Estação Espacial Internacional descobre uma forma de vida em rápida evolução que causou a extinção em Marte e agora ameaça toda a vida na Terra. Repete o tema de Alien. Entretém, mas empalidece diante do original. (3)


Logan: Em um futuro onde os mutantes estão quase extintos, um Logan idoso e cansado leva uma vida tranquila até Laura, uma criança mutante perseguida por cientistas, pedir sua ajuda. O politicamente correto chega ao universo dos mutantes: multiculturalismo e imigração. Árduo esforço para assistir ao filme até o fim. (1)


Loveless: Casal em processo de divórcio deve se unir para encontrar seu filho, desaparecido durante uma de suas amargas discussões. Produção russa que funciona como crítica ao egocentrismo e vazio de muitos relacionamentos hodiernos. (3)


Milada: Baseado na vida da política tcheca Milada Horáková, política tcheca perseguida por nazistas e, depois, comunistas por sua recusa em cessar sua atividade de oposição e deixar o país. Registra o carácter diabólico das ideologias coletivistas (nazismo, socialismo, fascismo e comunismo). Milada era socialista, seu mérito foi não pactuar com o índole violenta de suas crenças e morrer por aquilo que acreditava. (3)


Mother!: Relacionamento de um casal é testado quando convidados indesejados chegam à sua casa, perturbando sua existência tranquila. Medonha alegoria desde a criação ao advento de Cristo, misturada com a teoria dos ciclos. O diretor americano Darren Aronofsky

desperdiça bons atores neste filme quase impossível de assistir até o final. (1)


Murder on the Orient Express: Quando ocorre um assassinato no trem em que viaja, o célebre detetive Hercule Poirot é recrutado para resolver o caso. Afastou-se das características do livro e ficou muito, mas muito, pior que a versão de 1974. (2)


O Jardim das Aflições: Documentário muito superficial sobre a vida do grande filósofo. Funciona apenas para quem pouco conhece do Olavo de Carvalho e busca uma pequena introdução. (2)


Only the Brave: Baseado na história real dos hotshots de Granite Mountain, um grupo de bombeiros de elite que arriscam tudo para proteger uma cidade de um incêndio de grande magnitude. Enaltece os valores nobres do espírito humano. (4)


Polícia Federal: A Lei é Para Todos: Baseado na Operação Lava Jato. Vale como marco artístico de uma época, e até como registro histórico diante da tentativa de reescreverem a história. (3)


Revolt: No interior do Quênia devastado pela guerra, um soldado americano e uma trabalhadora humanitária estrangeira francesa se unem para sobreviver a um ataque alienígena. Mais uma invasão alienígena com a única novidade de passar-se na África. (1)


Snowman: Detetive investiga o desaparecimento de uma mulher cujo lenço foi encontrado enrolado em um boneco de neve de aparência sinistra. O romance policial de Jo Nesbo tinha potencial para ser um bom filme. Mas nem o ator Michael Fassbender e o então promissor diretor Tomas Alfredson conseguiram realizar um bom trabalho. (2)


Star Wars: Episode VIII – The Last Jedi: A destruição da saga Star Wars continua à medida que novos heróis e lendas galácticas embarcam em uma nova aventura, desvendando mistérios da Força e revelações chocantes do passado. Conseguiram piorar o desastre que foi o episódio anterior. Não guarda nenhuma relação com os símbolos dos seis episódios iniciais, fazendo uso do sucesso passado da franquia para atrair uma maior audiência e tentar desvirtuá-la. (1)


The Boss Baby: Bebê vestindo terno e carregando uma pasta executiva se junta a seu irmão de 7 anos para impedir a conspiração covarde do CEO da Puppy Co. Hilário e comovente filme com fortes mensagens pró-vida, pró-família e pró-negócios. Todo o filme é baseado na premissa de promover pessoas para terem bebês em vez de apenas comprar cachorrinhos. Forte visão de mundo moral com referências positivas ao Céu, aos anjos, a Jesus e ao sacrifício. (4)


The Captain: Baseado em episódio histórico no qual um desertor nazista rouba o uniforme de um capitão do exército para transformar-se num tirano. Tentativa de mostrar como o poder corrompe as pessoas, mas o fato histórico revela apenas o perigo que representa um covarde ressentido. (1)


The Circle: Uma jovem consegue o emprego dos sonhos em uma poderosa empresa de tecnologia chamada Círculo, apenas para descobrir uma agenda que afetará a vida de toda a humanidade. Apologia bundalelê de um ideal de rede social. O enredo é risível com o socio-fundador da empresa bonzinho (negro, é claro) andando anonimamente em sua própria firma. O final supostamente feliz com a protagonista sendo observada por qualquer um em qualquer lugar é preocupante. (1)


The Death of Stalin: Depois de estar no poder por quase 30 anos, o ditador soviético Joseph Stalin adoece e morre repentinamente. Agora os membros do Conselho de Ministros lutam pelo poder. Grande comédia de humor negro representado a disputa política aberta com a morte de Stalin. Seria ainda mais cômico se não tivesse uma boa dose de realidade. Será melhor apreciado por quem conhece algo da história da URSS e das personagens históricas envolvidas. (5)


The Disaster Artist: Aspirante a ator Greg Sestero conhece o estranho e misterioso Tommy Wiseau em uma aula de atuação, estabelecem uma estranha amizade e viajam para Hollywood para realizar seus sonhos. Entretida história de como o "pior filme de todos os tempos" foi produzido. Baseado em fatos: o filme existe e é mesmo ridículo. (3)


The Foreigner: Humilde empresário com um passado oculto procura justiça quando a sua filha é morta num acto de terrorismo. Segue-se um conflito de gato e rato com um funcionário do governo, cujo passado pode conter pistas sobre a identidade dos assassinos. As acrobacias marciais de Jackie Chang já deram o que tinham que dar. A alusão ao preconceito com imigrantes é gratuita. (2)


The Meyerowitz Stories: Família distante se reúne na cidade de Nova York para um evento que celebra o trabalho artístico do patriarca. Abusam dos personagens irônicos na classificação aristotélica. Deve ser suportável apenas para progressistas e olhe lá. Os filmes da filha de um dos irmãos são gratuitamente grosseiros. Masi um desastre do diretor americano Noah Baumbach. (1)


The Mummy: Antiga princesa egípcia é despertada de sua cripta no deserto, trazendo consigo a malevolência cultivada ao longo de milênios e terrores que desafiam a compreensão humana. O que foi isso? Nada parece funcionar neste filme, deve ser a maldição da múmia. E de quebra tem o burlesco “girl power” chegando com tudo nos papéis de vilões. (1)


The Nile Hilton Incident: Empregada testemunha assassinato em um hotel de luxo e um policial é designado para cuidar do caso, mas logo fica claro que pessoas importantes não querem que o caso seja resolvido. Interessante história policial passada no Cairo (realização egípcia) mas que se perde um pouco na caricata crítica aos poderosos de plantão que insinua (erroneamente) serem os responsáveis pela eclosão da primavera árabe. (2)


The Shape of Water: Em um centro de pesquisa ultrassecreto na década de 1960, uma zeladora solitária estabelece relacionamento com uma criatura anfíbia mantida em cativeiro.Tem de tudo: gayzismo, vitimismo racial, estereótipo do militar cruel e homem branco mau... um festival de bobagens de Guillermo del Toro bem ao gosto progressista. (1)


The Square: Curador-chefe de arte de um prestigiado museu de Estocolmo se encontra em tempos de crise profissional e pessoal enquanto tenta montar uma nova e controversa exposição. Produção sueca para rir do ridículo da arte pós-moderna... e só. (2)


The Star: Um pequeno mas corajoso burrico e seus amigos animais tornam-se os heróis anônimos do primeiro Natal. Animação do advento na perspectiva dos animais. Deliciosa história de Natal para os pequenos. Obviamente, o filme condensa e muda alguns incidentes encontrados na Bíblia, mas nunca ao sacrifício da teologia cristã. (4)


The Villainess: Uma assassina deixa um rastro de corpos enquanto busca vingança. Mais um filme coreano que exagera na coreografia da violência. Abusa da inverossimilhança no enredo e nas cenas de ação. (2)


Under the Tree: Uma típica briga entre vizinhos fica fora de controle.O início com a hilária situação da esposa surpreendendo o marido assistindo filme pornô no notebook prometia algo melhor nesta produção islandesa. O isolamento no qual cada um se encerra é o mote do filme. O casal que não casou por amor, a perda de um filho e tentativa frustrada de engravidar são os motivos que levam a um crescente de irritação e agressões até o desfecho dramático. O enredo previsível torna o filme sem graça. Como nota extra fica a observação da tristeza estética das casas e cidades nórdicas. (2)


Valerian and the City of a Thousand Planets: Uma força negra ameaça Alpha, uma vasta metrópole que abriga espécies de milhares de planetas. Os agentes especiais Valerian e Laureline devem correr para identificar a ameaça e salvaguardar o futuro do universo. Enredo bundalelê com inversão entre os papéis masculino e feminino. Esperava mais do diretor Luc Besson. (1)


What happened to Monday: Num mundo onde as famílias estão limitadas a uma criança devido à superpopulação, um conjunto de sétuplos idênticos deve evitar ser descoberto pelo governo enquanto investiga o desaparecimento de um dos seus. Não sei o que é pior, a incapacidade de Noomi Rapace atuar ou escalá-la como uma mulher atraente aos homens. O enredo não ajuda, e a acertada crítica à fobia de superpopulação não é o suficiente para salvar a produção. (1)


Wind River: Oficial florestal, assombrado por uma tragédia do passado, se une a uma agente do FBI para resolver o assassinato de uma jovem na reserva de nativos americanos do Wyoming em busca de redenção. Forte história de crime e vingança onde homens ainda são homens. (4)


Wonder Wheel: Em Coney Island, na década de 1950, um salva-vidas conta a história de um operador de carrossel de meia-idade, sua esposa sitiada e o visitante que vira suas vidas de cabeça para baixo. Desastre de Woody Allen que aparenta tentar, sem sucesso, transportar o drama de Madame Bovary para o Brooklyn dos anos 1950. Que dizer do roteiro que tem uma mulher fugindo da máfia de New York “escondendo-se” na casa do seu pai no Brooklyn e trabalhando num restaurante italiano frequentado por mafiosos? De resto vemos pessoas levadas por suas emoções, sem qualquer noção de moralidade; e ainda tem o não-ator Justin Timberlake. (2)


You Where Never Really Here: Veterano traumatizado e sem medo de violência rastreia meninas desaparecidas para ganhar a vida. Quando um trabalho fica fora de controle, seus pesadelos tomam conta dele quando uma conspiração é descoberta, levando ao que poderia ser sua viagem mortal ou seu despertar. O caricato inferno da culpa masculina na visão de uma mulher ( a fraca diretora escocesa Lynne Ramsay). (1)


Zama: Baseado no romance de Antonio Di Benedetto escrito em 1956, sobre Don Diego de Zama, oficial espanhol do século XVII radicado em Assunção, que aguarda sua transferência para Buenos Aires. A forçada visão de luta de classes e colonialismo explica o sucesso do filme junto a crítica. Talvez o romance que inspirou o roteiro tenha maior profundidade na questão humana de deslocamento, suspensão da existência e esperança. Mas não este filme dirigido pela argentina Lucrecia Martel. (1)

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