Penca de Filmes de 2025
- Cultura Animi

- 24 de set.
- 5 min de leitura
Atualizado: há 3 dias

Seguem curtas anotações sobre alguns filmes lançados em 2025 (notas dos filmes entre parênteses – escala de 1 a 5):
A House of Dynamite: Um único míssil de origem desconhecida é lançado contra os Estados Unidos, dando início a uma corrida para determinar quem é o responsável e como responder. A mesma história repetida de três pontos de vista diferentes sem nenhum desfecho. A primeira rodada até que gera alguma curiosidade, que começa a desvanecer na segunda volta, e é substituída por tédio na terceira repetição, ainda mais quando protagonizada por um ator tão limitado quanto Idra Elba. E no final não se sabe quem lançou o míssil, nem como o ataque será respondido. O filme é ainda impregnado de wokismo: elenco forçadamente multirracial, militares homens brancos malvados discutem com jovens, resgata a corrupta agência FEMA, mulheres e negros bonzinhos, e propaganda antiarmamentista. Uma aberração pacifista dirigida por Kathryn Bigelow cujo roteiro poderia ser assinado por Moscou ou Pequim. (1)
Black Bag: Uma agente de inteligência (interpretada por Cate Blanchett) é suspeita de trair a nação, e seu marido, também um agente, enfrenta a questão entre ser leal ao casamento ou ao seu país. O diretor Steven Soderbergh tenta reproduzir o clima das boas adaptações dos romances de John le Carré que destacam-se pela qualidade da narrativa e diálogos ao invés das cenas de ação, porém o roteiro de Black Bag é pobre e os diálogos extremamente artificiais em conteúdo e forma. E o estrago provocado por botox no rosto de Cate Blanchett é constrangedor. (2)
Eddington: Em maio de 2020, o impasse entre o xerife e o prefeito de uma pequena cidade desperta conflitos entre a diminuta população. Escrito e dirigido por Ari Aster que tenta inserir numa minúscula cidade do Novo México quase todos os conflitos hodiernos, e.g. uso excessivo das mídias sociais, manipulação de pandemias, proliferação de seitas, conflitos étnicos, imigração, terrorismo, corrupção politica, ecologismo, etc. Tamanha ambição torna as situações artificiais e as personagens caricatas, meras paródias midiáticas, provocando apenas risos e nenhuma reflexão. O filme desenvolve-se num crescendo de absurdidades e termina chegado a lugar algum. As personagens são apresentadas desconectando-se da realidade e entrando em conflito entre si, mas nunca aborda a questão fundamental: quem está provocando este comportamento e qual seu objetivo. (1)
Downton Abbey: The Grand Finale (2025): Um escândalo e problemas financeiros obrigam os Crawleys a enfrentar mudanças ao adentrar os anos 1930. Quase nada acontece ao longo deste filme que só funciona para os fãs da série familiarizados com as personagens – mesmo para estes pode decepcionar dada a ênfase em feminismo e tolerância com desvios anímicos. E como entender a insistência em apresentar a feiosa e insípida atriz Michelle Dockery como uma mulher atraente? Este “grand finale” não passa de um caça-níquel. (2)
F1: The Movie: Piloto de Fórmula 1 (interpretado por Brad Pitt) sai da aposentadoria a pedido de um amigo para ajudar no amadurecimento de um piloto mais jovem. Um elaborado comercial para a franquia F1 dirigido por Joseph Kosinski. A narrativa esquemática, a personagem de Pitt pouco desenvolvida, a personagem do jovem piloto representado por um péssimo ator, o exagero no uso efeitos computadorizados, e o abuso no uso dos regulamentos, especialmente no final, extirparam a emoção do filme. (3)
Flight Risk: Um piloto transporta uma delegada que acompanha uma testemunha a julgamento. Enquanto atravessam as montanhas do Alasca, as tensões cresce e a confiança é testada, pois nem todos a bordo são quem parecem. Thriller eficiente dirigido por Mel Gibson que peca ao final em apressar sua conclusão. (3)
Late Shift: O turno de uma dedicada enfermeira sobrecarregada com a falta de uma integrante da equipe. Um tanto esquemático e melodramático, com um final sobrenatural forçado, visando enaltecer a profissão de enfermagem e chamar atenção para a escassez de profissionais nesta área. Uma visão idílica que não apaga a realidade das enfermeiras dançando nos hospitais vazios durante o engodo do vírus chinês, ou as enfermeiras muçulmanas postando vídeos nas redes sociais afirmando que mataria um paciente judeu. A atuação de protagonista Leonie Benesch salva esta produção suíça escrita e dirigida por Petra Volpe. (3)
Mission: Impossible – The Final Reckoning: IMF enfrenta uma IA que se infiltrou na rede mundial. Com o governo e um inimigo do seu passado perseguindo-o, Hunt (uma vez mais interpretado por Tom Cruise) luta contra o relógio para salvar o mundo. Conclusão da história iniciada em Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One (2023). Previsível e longo, difícil de não dormitar durante o filme. De todos os oito filmes da franquia, apenas o primeiro de 1996 dirigido por Brian De Palma foi entretido, apesar de ter começado a desconfigurar a série televisiva. Todos os demais aprofundaram esta desconfiguração migrando de estratagemas e trabalho em equipe para ação física e foco em Hunt, até esta final quase beatificação desta personagem. Apesar da fortuna investida em efeitos especiais e elenco estelar, os filmes empalidecem diante da série televisiva original Mission: Impossible (1966-1973). A retomada da série televisiva em duas temperadas entre 1988 e 1990 é descartável. (2)
One Battle After Another: Um revolucionário fracassado (interpretado por Leonardo DiCaprio) sobrevive clandestinamente com sua filha até que um inimigo do passado ressurge. Agitprop marxista que promove uma violenta revolução comunista, incluindo o assassinato de nascituros e imigração ilegal. Longo, monótono, tiradas humorísticas inaptas, e repleto de personagens mal construídas e desagradáveis. O diretor Paul Thomas Anderson introduziu na narrativa todo o manual de idiotização esquerdista: retrata uma conspiração racista branca como sendo cristã, apresenta igrejas católicas heréticas favorecendo a imigração ilegal e cultivo de maconha, promove o consumo de drogas e homossexualidade, insinua que a violência em protestos favoráveis a imigração ilegal é forjado pela polícia, ataca a instituição policial, e prolifera mais de 150 obscenidades. Naturalmente o filme busca incitar a violência comunista contra os EUA, incluindo caucasianos, cristãos e conservadores. (1)
The Gorge: Dois atiradores de elite (interpretados por Miles Teller e Anya Taylor-Joy) são enviados para proteger lados opostos de um desfiladeiro misterioso. Fantasia com narrativa altamente implausível. O início desperta alguma curiosidade e há algumas cenas divertidas entre os protagonistas, mas tudo cai por terra conforme o mistério do desfiladeiro é revelado. A grave limitação dramática dos protagonistas também não ajuda. (2)
Warfare: Pelotão de Navy SEALs enfrenta problemas durante uma missão perigosa no Iraque: o caos e o companheirismo em combate são recontados baseado nas memórias dos combatentes. Os eventos ocorridos em 2006 são apresentados em tempo real. Meritória iniciativa de apresentar um combate de forma mais realista possível. Consequentemente, o resultado é despido de entretenimento, e o evento em si consente limitada catarse à audiência. (2)
Weapons: Todas as crianças de uma mesma classe, exceto uma, desaparecem misteriosamente numa mesma noite, exatamente ao mesmo tempo. Filme de terror escrito e bem executado pelo diretor Zach Cregger, desdobrando a narrativa desde o ponto de vista de diferentes personagens, e instigando a curiosidade sobre o mistério por detrás daqueles desaparecimentos. O interesse diminui a partir do momento que o vilão é revelado, mas Weapons ainda funciona como entretenimento. (3)


