Seguem curtas anotações sobre alguns filmes lançados em 2018 (notas dos filmes entre parênteses – escala de 1 a 5):
A Futile and Stupid Gesture: Narra a história da revista cômica National Lampoon’s e o drama de Douglas Kenney (um dos fundadores da revista). Um filme fútil e estúpido. (1)
A Quiet Place: Poderia ter mais ação e peca no final ideológico feminista. (2)
Acts of Violence: Bons valores familiares, valorização dos aspectos positivos do exército e conceito de justiça na dose certa. Porém o filme não entusiasma, principalmente nas cenas de ação. (2)
Amazing Grace: Sydney Pollack dirige este documentário apresentado Aretha Franklin com o coro do New Bethel Baptist Church (Los Angeles) em 1972. (3)
American Animals: Documentário dramatizado do roubo de livros raros numa universidade em Kentucky (USA) em 2004. Infelizmente falha no aprofundamento sobre os motivos para o comportamento dos quatro jovens envolvidos. Mas através das imagens pode-se especular sobre algumas das razões: (a) deterioração do ambiente universitário americano, (b) uso continuado de maconha, (c) glamorização do banditismo na mídia e indústria de entretenimento, (d) desconexão com a realidade, e (e) vazio de sentido criado pela perda da transcendência. (3)
Annihilation: Patético veículo de propaganda feminista. (1)
Anon: Tem o valor de explorar a questão da perda de anonimato no mundo moderno, mas o enredo deixa a desejar. (3)
Asako I & II: Baseado no romance de Tomoka Shibasaki. Premissa interessante que acaba nunca se desenvolvendo. Longo de mais. (2)
Ash is the purest white: Relação de casal mafioso na China moderna. Comportamento humano anormal da amante, personagens mal construídas e longo demais. (2)
Ashes in the snow: Baseado no romance Between Shades of Gray de Ruta Sepetys que se desenvolve em meio a deportação em massa impetrada por Stalin contra os povos bálticos na II GG. Pena que o filme é fraco pois esta história merece ser bem contada. (2)
Beirut: Filme de ação centrado em Beirut. Não empolga e abusa em culpar o ocidente pelos males do Oriente Médio. (2)
Bonifácio: O Fundador do Brasil: Pobre produção de importante personagem histórica. O documentário serve para quem busca uma iniciação no estudo sobre Bonifácio. (2)
Cargo: Mais um filme de zumbis, desta vez vindo a Austrália. Tentaram ser diferente mas conseguem apenas mostrar desprezo pelos caucasianos e reverenciar os aborígenes e Gaia. (1)
Chappaquiddick: Retrata o escândalo envolvendo o senador Ted Kennedy. História de um sujeito débil, mergulhado em problemas pessoais mal resolvidos. Seria um bom retrato de qualquer liberal. Mas é difícil apreciar um fato político na tela do cinema. (2)
Death Wish: Remake com Bruce Willis e sem o charme do original. (2)
Dog Days: Personagens caricatas e infantilizadas, e doses cavalares de politicalcorrectnesstornam o filme intragável. (1)
Driven: Interessante e, por vezes, divertida história romanceada do apogeu e decadência do carro DeLoren e de seu criador. (3)
Durante la tormenta (Mirage): Fantasia espanhola com demasiados furos no enredo, mesmo para o gênero. (2)
Extinction: Mais um sci-fi para demonstrar como as máquinas são tão ou mais humanas que seus criadores. É a interminável revolta contra o criador combinada com o pesadelo da inteligência artificial. (2)
First Man: Sobre Neil Armstrong e a missão Apolo. Demasiadamente focado na vida pessoal de Armstrong. (3)
Friedkin Uncut: Documentário sobre o diretor William Friedkin. (3)
Game Night: Muitas reviravoltas. Entretido apesar dos exageros. (3)
Green Book: É curioso ver um filme que pretende alertar as pessoas com relação ao racismo apresentando os ítalo-americanos de forma tão estereotipada. Pior: o aprendizado do negro é alinhar-se mais ao estereótipo do negro. Abusa de situações forçadas para agradar ao discurso doestablishment dos nossos tempos. E que ator canastra é Mahershala Ali.(2)
Hereditary: Filme de terror fantasioso mas bem realizado. O real terror está na constatação do crescimento dos cultos demoníacos na vida real. (4)
How it ends: Relações entre as personagens são mal construídas, especialmente entre os fracos atores protagonistas. Enxerto do clichê de índios virtuosos, com direito a piadinha sobre genocídio. Enredo sem explicações e sem um final – ridícula tentativa de criar uma franquia. (1)
Hunter Killer: General russo rebelde, guerra eminente, salvação no último segundo... o enredo é batido mas tem algumas boas cenas de ação e valores heróicos. (3)
Kursk: Filmedirigido por Thomas Vinterberg com base no livro A Time to Die, de Robert Moore, sobre a história real do desastre do submarino Kursk em 2000. Não há diferença entre as lideranças russa atual e soviética anterior, ambas são KGB. (3)
Inside the Mason Cult: the lost tapes: Importante documentário de até onde pode ir a maldade humana e a fragilidade espiritual e mental dos jovens. (3)
Isle of Dogs: Animação que gera nenhuma empatia. Bocagem pacifista e ecologista que termina com a absurda ideia de delegar aos adolescentes os ditames do mundo. (1)
John McEnroe: In the realm of perfection: Documentário pretensioso que tenta, sem sucesso, traçar paralelo entre o cinema e o esporte, bem como desvendar os meandros da mente de John McEnroe. (2)
Johnny English Strikes Again: Terceira aventura do impagável agente secreto inglês. Para os fãs de Rowan Atkinson. (3)
Jurassic World: Fallen Kingdom: Chega de dinossauros! Já deu... basta! Além da idolatria aos animais, o filme ainda serve de libelo anticapitalista: Gaia contra os empresários maldosos. As franquias de sucesso estão sendo usadas para atrair público ao discurso da nova ordem. (1)
Make Us Dream: Documentário sobre a trajetória de Gerard no Liverpool. Apenas para fãs. (3)
Mandy: Violência gratuita, escárnio com a religião, enredo ridículo, atuações constrangedoras, direção embaraçosa... não há nada que preste neste filme. (1)
Mega Time Squad: Bobagem neolandeza. (1)
Mi obra maestra: Comédia argentina com o bom ator Guillermo Francella. Do diretor Gastón Duprat (El ciudadano ilustre). Divertido deboche com a arte moderna, com o ressentimento social dos progressistas e com as famigeradas ONGs. (3)
Mission: Impossible – Fallout: Outra franquia que já esticaram demais (sexto episódio). Repetitivo e cansativo. (3)
Mute: O mistério rapidamente se perde ao longo do mal engendrado enredo.(2)
Occupation: Simplesmente constrangedor. Roteiro, efeitos especiais, atuações (meu Deus!), power-girl... tudo errado nesse filme! (1)
Operation Finale: Caçada a nazista escondido na Argentina. Erra ao gratuitamente querer criminalizar a igreja católica. Não preciso disto entrando em minha casa. (1)
Paul, Apostle of Christ: Laudatória história do apóstolo Paulo. (4)
Ready Player One: Bons efeitos e cenas ações, e nada mais. Excesso de estereótipos ideológicos do multiculturalismo, exageros politicamente corretos e demonstrações de anticapitalismo. Apologia do escapismo e idolatria da indústria do entretenimento. Steven Spilberg de quatro diante do establishment. (1)
Samson: Apesar da mensagem positiva, os pobres efeitos especiais e a má atuação dos atores estragam o filme. (1)
Searching: Abusando das imagens de sites das redes sociais na tela do computador o filme dá um exemplo da transferência da vida das pessoas do campo pessoal ao digital, e os perigos que isso traz, focando no risco de perda de privacidade (exploração das emoções alheias) e do afastamento real entre as pessoas (o protagonista e sua filha). A mensagem positiva e as reviravoltas no enredo não decepcionam. (3)
Sicario: Day of the Soldado: Queda vertiginosa do primeiro filme para esta sequência que nunca deveria ter sido feita. (2)
Small Town Crime: Policial com abordagem alternativa. Não empolga e peca na discreta apologia a um cafetão. (2)
Solo: A Star Wars Story: Mais uma franquia que estão esticando demais. Repetitivo e cansativo. (2)
The Ballad of Buster Scruggs: Fraco esforço dos irmãos Coen. Visão estereotipada e depreciativa do velho oeste, piadas sem graça, violência gratuita e muita pretensão artistica. (1)
The Bleeding Edge: Há tempos documentários entraram no rol de instrumentos de manipulação da opinião pública, e esse aqui não é exceção. O documentário deveria também ressaltar os problemas da recomendação médica e da ignorância dos pacientes (visto que os produtos contêm alerta de risco), como fez com os laboratórios, mas preferiu dar ênfase numa agenda política contra o FDA e o capitalismo. Parece que quando o inimigo é uma figura impessoal como a indústria, o sistema ou o capitalismo, os reais inimigos de carne e osso mais facilmente escapam. Também poderia mostrar o lado da exploração de processos ilegítimos contra a indústria farmacêutica e médicos. Vale a pena assistir pelo alerta do real problema envolvendo pessoas inescrupulosas em temas de saúde, e essas pessoas podem ser empresários da indústria farmacêutica, médicos, funcionários públicos, políticos e pacientes. (2)
The Commuter: Algumas situações forçadas, mas prende a atenção e não revela facilmente o final. (3)
The Coverfield Paradox: Bobagem sci-fi com péssimos atores. (1)
The Guilty: Interessante produção dinamarquesa. Às vezes precisamos ver o problema nos outros para enxergá-lo em nós mesmos. (3)
The Last Witness: Revisita o extermínio de poloneses em Katyn. O foco é maior sobre o acobertamento do ocidente (aliados) do que no crime praticado pela URSS. (2)
The Other Side of the Wind: Em uma festa coberta pela mídia para comemorar seu 70º aniversário e exibir seu filme de vanguarda em andamento, um lendário mas cansado diretor de Hollywood (interpretado por John Huston) se depara com fãs vorazes e perguntas inquietantes sobre o que aconteceu com seu ator principal. Montagem do filme inacabado que Orson Welles tentou terminar depois de mais de 100 horas de gravadas ao longo de seis anos de trabalho (1970-76). Metalinguagem já repetida muitas vezes, e muito mal-executada – o filme é confuso e incoerente. Grotesca tentativa de faturar sobre o nome the Welles e Huston. (1)
The Panama Papers: Documentário que exagera no elogio aos jornalistas. Não aborda o aspecto da luta contra Leviatã e seus impostos cada vez mais escorchantes. Não separa recursos legítimos dos ilegítimos, restando apenas a cartilha anticapitalista. (2)
The Titan: Apresenta alguns bons valores familiares e crítica às experiências genéticas, mas perde-se com o lesbianismo e feminismo. (1)
Transit: Baseado em romance da alemã Anna Seghers de 1942, mas filmado como se nos dias de hoje fosse. Não empolga e as personagens geram pouca empatia. Alegorias com a invasão migratória islâmica tornam o filme ainda pior. (1)
Under the Silver Lake: Começa abordando alguns temas interessantes, mas acaba perdendo-se totalmente. O horror é ver a população (jovens) sem rumo, entregue ao sexo e às drogas. (2)
Upgrade: Sci-fi inverossímil mas com certa ação e algumas reviravoltas. O ator principal, Logan Marshall-Green, é fraquíssimo. (2)
Wildling: Mais um filme na tendência de transformar monstros em heróis contra o homem branco. São os filhos de Gaia retomando o planeta. O enredo é ruim e repleto de inconsistências. (1)
Winter Ridge: O enredo e as atuações são constrangedores. (1)
コメント