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Michael Mann (1943- )


"Could I have worked under a system where there were Draconian controls on my creativity, meaning budget, time, script choices, etc.? Definitely not. I would have fared poorly under the old studio system that guys like Howard Hawks did so well in. I cannot just make a film and walk away from it. I need that creative intimacy, and quite frankly, the control to execute my visions, on all my projects."

– Michael Mann


Poucos fizeram mais para enriquecer o gênero film noir do que Michael Mann – um estilista visual com uma queda pelo design modernista. Cineasta com visão clara sobre a importância da aparência, destacou-se inicialmente na TV como diretor em Police Woman (1977) e roteirista em Starsky and Hutch (1975-1977).


Mann é talvez a figura mais intimamente associada à introdução da estilística do music video clip no cinema, especialmente depois do sucesso na televisão de Miami Vice (1980) do qual foi produtor-executivo. Sua assinatura estilística é um visual moderno, quase neon, com imagens rigorosamente editadas e apoiadas por uma trilha musical pulsante.


Quatro de seus filmes se destacam, compartindo a mesma temática e estilo do que se convencionou chamar de neon-noir:


Thief (1981): Longa de estreia do diretor. As longas cenas de assalto parecem um tributo aos filmes de Jean-Pierre Melville. Grande atuação de James Caan.


Manhunter (1986): Primeira vez que a personagem do Dr. Hannibal Lecter (Red Dragon de Thomas Harris publicado em 1981) é levada às telas do cinema. É um dos melhores filmes de profilers do FBI, e muito superior a versão Red Dragon (2002) com Anthony Hopkins e Edward Norton.


Heat (1995): O melhor filme de Mann: roteiro, diálogos, personagens, cenas de ação… tudo funciona (salvo o maneirismo (sempre) exagerado de Al Pacino). Baseado em um confronto da vida real entre o policial de Chicago Chuck Adamson e o verdadeiro Neil McCauley. Um clássico.


Collateral (2004): A construção das duas personagens principais e as cenas noturnas em Los Angeles mais que compensam alguns exageros do roteiro. Bom filme, mas inferior aos três anteriores.

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