Jovem cadete do F.B.I. (Clarice interpretada por Jodie Foster) busca a ajuda de um assassino canibal encarcerado (brilhantemente interpretado por Anthony Hopkins) para capturar outro serial killer, um louco que esfola suas vítimas. Thriller carregado se simbolismo levemente baseado no romance homônimo de Thomas Harris (o filme supera o romance em todos os aspectos).
A agente Clarice é a heroína socrática que enfrenta os demônios (tanto os próprios como o próprio encarnado no Dr, Lecter) enquanto conhecer a si mesma (gnothi seauton) neste apólogo sobre a luta entre a inteligência humana e a malícia diabólica.
Clarice não está só nesta jornada. Desde o início seu mentor (Crawford) percebe todo o quadro de possibilidades (do efeito que Clarice teria em Lecter e deste possuir informações sobre o assassino Buffalo Bill) e coloca em movimento as rodas do destino – Crawford faz o Diabo trabalhar para ele, o mal servir ao bem.
O Diabo também é servo de Deus (ele é inimigo apenas do homem), a Lecter idolatra Clarice como no desenho onde a representa com a Virgem inerte diante do sacrifício do Cordeiro. A grandeza moral de Clarice é logo percebida por Lecter: pretendendo desarmá-la com suas perguntas ele apenas encontra no âmago da heroína a fortaleza invencível da reta intenção – o diabo despreza quem o cultua mas rende-se a quem lhe é superior.
O filme também é uma das melhores exposições do horror do transgenerismo – depois de assistir ao filme é impossível não ver um Buffalo Bill em cada doente mental que nega seu sexo ou qualquer idiota que fala “todes”.
Um grande entretenimento com forte sentido moral e pedagógico.
(Imperativo ler Símbolos e Mitos no Filme o Silêncio dos Inocentes de Olavo de Carvalho)
Filme Nota 5 (escala de 1 a 5)