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The Irishman (2019)



Scorsese volta a retratar a máfia, depois de Goodfellas (1990) e Casino (1995) é a vez de The Irishman. Basicamente a narrativa segue a carreira mafiosa de um psicopata assassino incapaz de sentir remorso por suas vítimas, mesmo se entre elas encontra-se seu melhor amigo. O roteiro também joga ficcionalmente com eventos históricos como o assassinato do criminoso sindicalista Jimmy Hoffa e a tirania do sanguinário Fidel Castro, sem deixar de tentar idealizar estas duas figuras nefastas.


De resto é mais do mesmo, incluindo a recorrente tentativa de denegrir o catolicismo e a instituição família apresentando-as como características de mafiosos. Ao menos não incorre no erro de glorificar o estilo de vida dos criminosos, como é tão comum na indústria de entretenimento.


The Irishman mais parece um tributo do envelhecido diretor aos seus velhos colaboradores, recrutando até o aposentado Joe Pesci. Mas não precisava exagerar usando-os inclusive nas cenas da juventude das personagens, pois não há maquiagem e efeitos digitais que convençam De Niro aos 76 anos no papel de um jovem recém-casado (ainda mais usando lentes de contato que parecem saídas de um filme de vampiros).

Há filmes melhores versando sobre a máfia, incluindo Goodfellas do próprio Scorsese, e os clássicos The Godfather (1972 e sequências) e Once Upon a Time in America (1984).


Filme Nota 3 (escala de 1 a 5)

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