Apesar da interpretação desprovida de emoção entregue por Dustin Hoffman na maior parte do filme, e dos aspectos irreais do roteiro, o filme produzido em meio ao movimento de contracultura dos anos 60s é profético.
Produto do seu tempo, vemos o conflito geracional com todos os ingredientes apelativos, principalmente a ridicularização dos mais velhos. Benjamin (Dustin Hoffman) deixa tudo claro quando diz a Elaine (Katherine Ross) sobre como se sentia: “Pareço estar num jogo em que as regras não fazem sentido (…), estabelecidas pelas pessoas erradas.”
No final, Benjamin e Elaine desafiam “as pessoas erradas” (seus pais) e quebram todas as regras. Mas para que? O que conseguiram com isso? A expressão no olhar de ambos na cena final no ônibus diz tudo: rumavam para o nada, sem saber o que fazer.
Filme Nota 3 (escala de 1 a 5)
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