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Tenet (2020)


Depois do histórico Dunkirk, o diretor Christopher Nolan volta ao mundo fantasioso de Inception, desta vez trocando a tecnologia de “compartilhamento-de-sonhos” pela de “inversão do tempo”. Confuso? Não se preocupe, uma das personagens do filme (Barbara, uma “cientista”) dá a resposta: “Don't try to understand it. Feel it.” Ou seja, recoste-se no assento e assista com ar apalermado a enxurrada de cenas que virão.

Tudo bem. Tenet não tem nenhuma pretensão filosófica ou intelectual. Assim como Inception, o filme usa e abusa da fantasia, efeitos especiais e muita ação apenas para entreter. Não sei se a fórmula cansou ou desta vez a receita desandou, mas a sucessão interminável de cenas impossíveis em meio a um roteiro tosco provocou apenas a sensação de enfado. Did you feel it?

Além disto, se o elenco de Inception tornava-o mais palatável, que dizer dos atores de Tenet? O sujeito que faz o protagonista não é nenhum DiCaprio, incapaz de entregar nem um arremedo de atuação convincente. Pior, nem tem um physique du rôle apropriado, ainda mais quando contracena com a girafa anoréxica que escalaram no principal papel feminino, é de provocar risos. E ainda entregaram o papel de escudeiro do protagonista para outro pseudo ator. Assim fica difícil.


Filme Nota 2 (escala de 1 a 5)


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