Patterns (1956)
- Cultura Animi
- 13 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 5 dias

" I'm wondering if you're as good a human being as you are an industrial relations man."
– Bill Briggs para Fred Staples
Executivo contratado para a diretoria de uma corporação em Nova York tem sua ética e ambição conflitadas. Escrito por Rod Serling (1924-1975), autor e produtor da mitológica série The Twilight Zone.
O filme começa com os sinos da igreja badalando o hino Tantum Ergo Sacramentum, e toda vez que entramos no quadragésimo andar dos escritórios da corporação a câmera nos mostra os tetos altos e abobadados, lembrando os de uma catedral – representação dos padrões (patterns) em jogo: a adoração de Deus e dos valores divinos, e a busca implacável de sucesso financeiro definidos em termos puramente materiais.
O sênior vice-presidente Bill Briggs (interpretado por Ed Begley) prioriza o fator humano, enquanto o empresário Walter Ramsey (interpretado por Everett Sloane) coloca o sucesso da empresa em primeiro lugar. Conseguirá o novo contratado Fred Stample (interpretado por Van Heflin) alcançar um ponto de equilíbrio entre as duas abordagens?
Briggs e Ramsey assumem posições extremas em uma questão tensional por natureza. Afinal, um empreendimento que não olha por seus empregados sofrerá, com o tempo, com uma mão de obra menos qualificada e desmoralizada, assim como uma empresa que negligência a busca por competitividade, lucro e crescimento tende a perecer, aniquilando os empregos que oferece.
Stample parece oferecer as habilidades e honestidade requeridas a terceira casta, podendo melhor contribuir para a evolução da empresa e, consequente, para o bem-estar de seus empregados.
A intransigência também marca o relacionamento entre Briggs e Ramsey: o primeiro não entendendo a hora de retirar-se, e o segundo usando táticas nefastas para forçar um pedido de demissão daquele – erros que trarão consequências trágicas.
Filme Nota 5 (escala de 1 a 5)