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Parasite (2019)


Parasite poderia ser um filme melhor se as personagens não fossem tão caricatas. A família abastada é pintada como fútil, ingênua, prepotente e nada inteligente. Já a família miserável é formada por pessoas inteligentes, cultas e capazes de perfazer qualquer função. Como cada uma chegou à condição financeira em que se encontra é um mistério.


O foco é na família indigente que vive de parasitar tudo ao seu redor. Por que agem assim? O pai é um empreendedor de pouco sucesso, a mãe uma medalhista olímpica e os filhos são belos e brilhantes. Mas parecem usar seus dotes apenas para enganar e aproveitar-se do trabalho e esforço dos demais. A fútil ideia de embate de classes se desmorona quando a família parasitária não demonstra nenhuma preocupação em destruir o emprego do chofer e da governanta para satisfazer seus objetivos nefastos.


Depois do previsível desastre final o filho parece ter aprendido a lição: vai estudar e trabalhar duro para comprar a casa e restaurar a liberdade do pai. Sim, a condição financeira de uma família é fruto do seu trabalho, a riqueza é meritória e a propriedade resultante é sagrada, e tentativas ilícitas de enriquecimento devem ser combatidas. Óbvio mas incrivelmente olvidado nos nossos dias.


Apesar de ridiculamente caricata a família rica (vaixás - terceira casta) cumpria sua responsabilidade: era pacífica, honesta, o pai tinha habilidades e geravam empregos. Já a família parasita (sudras - quarta castra) perdeu sua virtude básica: fidelidade. E isso é que demonstrava o enlouquecido marido da governanta quando bradava “fidelidade”.

Filme Nota 3 (escala de 1 a 5)

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