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Oppenheimer (2023)


J. Robert Oppenheimer: Mr. President. I feel that I have blood on my hands.

Harry Truman: [provocativamente tirando seu lenço de bolso e o balançando na frente de Oppenheimer] You think anyone in Hiroshima or Nagasaki gives a shit who built the bomb? They care who dropped it. I did. Hiroshima isn't about you.

Harry Truman: [depois que Oppenheimer sai] Don't let that crybaby back in here.



História do cientista americano J. Robert Oppenheimer e seu papel no desenvolvimento da bomba atômica. Dirigido por Christopher Nolan que também adaptou o roteiro com base no livro American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer de Kai Bird e Martin J. Sherwin.


O filme apresenta uma visão de mundo humanista secular, com injustas representações de anticomunistas que discordavam de Oppenheimer sobre a política nuclear. Fato é que Oppenheimer era intimamente ligado ao comunismo, e que os EUA já estavam infestados de comunistas, a começar pelo presidente Franklin D. Roosevelt (no cargo quando o Projeto Manhattan foi instituido), um notório globalista que nunca escondeu sua simpatia (e até militância) pelo comunismo. Claramente o diretor Nolan distorceu a história numa patética genuflexão diante do establishment globalista – daí talvez venha a enxurrada de elogios da mídia amestrada ao filme.


A justificativa para a construção da bomba atômica abordada no filme é inquestionável, basta imaginar o que teria acontecido caso Hitler ou Stalin tivessem alcançado-a antes que os EUA. E qualquer argumento sobre a ética de tê-la utilizado contra o Japão saída da boca de quem não estava na pele dos combatentes e tomadores de decisão naquela guerra carece de valor. Mas mesmo aí Nolan toma partido, alinhando-se ao ardil pacifista.


Quanto a figura de Oppenheimer apresentada, destacam-se a exibição do seu elevado grau de vaidade, os adultérios praticados, e a aberrante renúncia de seu filho recém nascido, funcionando como um recordação de que genialidade não é sinônimo de caráter. O presidente Truman, no curto encontro exibido entre ambos, faz o mais acurado julgamento de Oppenheimer no filme.


Apesar de exibir grande técnica, o filme exagera no número de personagens que acabam sendo mal construídas apesar das exaustivas três horas de duração. A sobreposição de três linhas do tempo e a a construção de momentos de tensão sobre fatos cujos resultados são notoriamente conhecidos também não ajudaram a tornar o filme mais interessante.



Filme Nota 2 (escala de 1 a 5)

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