![](https://static.wixstatic.com/media/878620_2c320d2eeb6b436998cae5606acfd6c0~mv2.jpg/v1/fill/w_125,h_55,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/878620_2c320d2eeb6b436998cae5606acfd6c0~mv2.jpg)
Marrige Story não passa de uma longa e enfadonha apologia ao divórcio, colocado como meio saudável na busca (egolátrica) da tal felicidade. Também apresenta os clichês da mulher sufocada profissionalmente e do homem traidor, com a novidade deste debulhando-se em lágrimas durante uma discussão (representado por um dos maiores canastras da indústria cinematográfica). E, é claro, o filme não deixa de propagandear o consumo recreativo de drogas. É um pacote completo contra a família.
A miragem do casamento ideal, do par perfeito, só traz danos à vida real e concreta. Não podemos esquecer que somos seres caídos neste mundo, náufragos sem estrelas no céu como uma vez escreveu J.R.R. Tolkien para seu filho. Constituímos família para sobreviver o melhor possível ao longo de nosso naufrágio e perpetuar a espécie como nos pediu Deus.
Sim, temos que eleger o melhor possível nosso par neste mundo. Tal qual ensinam os contos de fada, como a Bela Adormecida que diz às meninas para não se casarem com o primeiro traste que aparece (o sono simboliza a espera). Mas por melhor que façamos esta escolha, o fogo do desejo sexual arrefecerá, defeitos pessoais aflorarão, problemas surgirão e atritos serão normais. E é justamente para enfrentar esta inescapável realidade que elegemos um(a) parceiro(a), nosso(a) companheiro(a) de naufrágio.
Casamento é ceder ao outro com prazer, é perdoar para ser perdoado, é amar para ser amado, é saber que você não está só para atravessar este “mar de lágrimas” e que você tem a responsabilidade e o dever de escorar seu par na necessidade. Ou seja, nada que ver com a egoísta busca da miragem da felicidade pessoal proposta no filme.
Filme Nota 2 (escala de 1 a 5)