O filme de Allen nos mostra o típico intelectual ativista que, no fundo, não passa de um egocêntrico. Quando mais jovem o professor de filosofia engajava-se nos protestos então em moda, mas ao sentir o vazio destas ações não conseguiu entender seu erro e mergulhou no niilismo e na autopiedade, encenando um novo papel.
Até que encontrou uma nova atividade, brincar de Deus. Ao final o público vê toda a monstruosidade da personagem que demonstra que justiça é aquilo que melhor lhe apraz. O professor sofre de allotriosis, ou seja, a autoalienação com a retirada da razão divina e entrega a revolta ególatra, e busca a razão da existência onde ela não existe. Com a perda da sua essência real ele busca conquistar uma pseudo-identidade e o faz, como tantos outros ideólogos, matando alguém. Outras personagens:
Aluna: exibe nível irreal de maturidade intelectual e comportamento de uma cadela no cio.
Professora assanhada: assim como a aluna não encontra satisfação existencial no mundo real.
Namorado, pai da aluna e marido da professora assanhada: figuras masculinas débeis que permitem a ação deletéria do ideólogo.
Filme Nota 4 (escala de 1 a 5)