top of page

Elia Kazan (1909-2003)


Without question, the best director we have in America, capable of performing miracles with the actor he uses. – Stanley Kubrick (1928-1999)


Nos filmes de Elia Kazan vemos a vida como um drama no qual o indivíduo se debate contra seu entorno social. Grande inovador do cinema americano explorando locações externas, temas sociais e, principalmente, introduzindo um novo estilo de atuação com os atores formados no Actors Studio cofundado por ele.

Kazan também se destaca por sua justa e corajosa atitude na House Committe on Un-American Activities (Hollywood Blacklist) nomeando traidores do povo americano (1952).

A lista de seus melhores filmes inclui:

Panic in the Streets (1950): Um criminoso com peste bubônica (Jack Palance em seu primeiro papel no cinema) solto pela cidade. O uso de imagens externas (ruas de New Orleans) e as tomadas em deepfocus lhe valeram o Premio Internazionale no Festival de Veneza.

A Streetcar Named Desire (1951): Contraste de dois estilos de atuação: o então novo naturalismo de Marlon Brando (formado no Actors Studio) e o até então vigente estilo mais elaborado e floreado de Vivien Leigh. Ambos entregam atuações entre as melhores da história do cinema.

On the Waterfront (1954): Kazan trasporta para a tela sua experiência com o comunismo e a House Committe on Un-American Activities. O sindicato representa o comunismo com sua intrínseca corrupção e destruição daqueles que promete defender, mas o herói passará por uma crise de consciência, e com a ajuda de Deus (através da heroína) transcenderá a situação. É seu filme mais reconhecido, ganhador de oito Oscar (de doze nominações).

East of Eden (1955): Dramática recordação de que o ser humano necessita sentir-se amado por alguém, tanto quanto amar alguém, para melhor suportarmos nossa jornada terrena. Grande uso de cores e paisagens.

A Face in the Crowd (1957): Grande crítica a manipulação interesseira dos meios de comunicação e da cultura, e do potencial comportamento bovino das massas.

Splendor in the Grass (1961): O título refere-se ao poema Ode: Intimations of Immortality from Recollections of Early Childhood de William Wordsworth – "Though nothing can bring back the hour of splendour in the grass / of glory in the flower / we will grieve not / rather find strength in what remains behind," – e prenuncia o drama que se desenvolverá. O filme funciona graças às grandes interpretações (a melhor da carreira de Natalie Wood), superando a deturpada abordagem de repressão sexual e fomento de choque de gerações que começava a infestar a indústria de entretenimento naquele começo da década de 1960.

America America (1963): Último grande filme de Kazan, e seu favorito. Narra a história do parente que trouxe sua família para os EUA – um sujeito cuja resiliência decai em corrupção moral para alcançar seu objetivo. Destaque para a angelical personagem Thomna interpretada por Linda Marsh.

bottom of page