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Cold War (2018)


Tudo indica ser uma reedição do casamento da Terra com o Céu como em Romeu e Julieta ou Tristão e Isolda. Análogo a Romeu e Julieta vemos o mundo em caos e miséria (nobres hostis fora de controle em Veneza e comunismo na Polônia), e um casal improvável cujo amor rompe as barreiras da experiência ordinária e precisa ser oferecido ao outro mundo.

E o músico de Cold War é absolutamente fiel como Tristão, obsessivamente cultuando aquele amor do Homem para com o Espírito – amor que só é possível de realizar-se plenamente no Céu. A morte de ambos é a transferência daquela possibilidade de amor para outro nível que não a Terra.

O filme peca apenas na falta de química entre o casal e, principalmente, na solução via o suicídio. E apesar de secundária, a forma é bela, destacando-se a fotografia, enquadramentos e cortes no tempo.


Filme Nota 4 (escala de 1 a 5)

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