Um dos filmes mais badalados pela crítica nacional é Bang Bang de Andrea Tonacci realizado no começo dos anos setenta, e que nuca chegou ao circuito comercial. Assisti ao filme no YouTube, tomei um Engov e assisti novamente e, ao final, cheguei a conclusão que nossos críticos de cinema não devem ser levados a sério.
O enredo praticamente inexiste em Bang Bang, há apenas a indicação de bandidos atrás de uma maleta cheia de dinheiro fruto de um assalto. Mas isto já basta para o diretor fazer um arremedo dos filmes experimentais que existem desde a década de trinta e eram populares nos anos sessenta. Numa sucessão de cenas desconexas, Tonacci parece querer divertir-se com as possibilidades de filmagem e edição. Ao menos espero que ele tenha se divertido, pois o espectador dificilmente conseguirá extrair algo positivo do excesso de grosserias, piadas fracassadas e atuações toscas (Paulo César Pereio já demonstrava sua incapacidade de atuar, fazendo o único papel que consegue executar: o dele mesmo).
Lá pelas tantas há um longo travelling do protagonista dirigindo um carro numa estrada de terra no meio do nada. Após dirigir por uns cinco minutos (literalmente), nos quais absolutamente nada acontece, o motorista para o carro, desce, caminha no mato e agacha-se para defecar. Considero a cena mais relevante de Bang Bang, resumindo o próprio filme: demora um longo tempo para ir a lugar algum e o resultado final é uma merda.
Filme Nota 1 (escala de 1 a 5)