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Ace in the hole (1951)



Quanto lançado o filme foi rechaçado pela crítica e audiência que considerou-o demasiadamente cruel, provavelmente incomodada com a lembrança de que jornalismo nunca foi uma instituição confiável e o sensacionalismo midiático só próspera por que há uma audiência ávida por ele.


Deixando de lado o extremismo do protagonista, fato é que mídia noticiosa nunca é neutra ou imparcial simplesmente pelo fato de ser produto de seres humanos com suas convicções, crenças e desejos. Sempre foi assim, basta recordar os jornalistas retratados por Balzac e Maupassant. E não era segredo para ninguém quais periódicos eram de tal e qual corrente política. 

O tempo passou e a situação apenas piorou. Não somente os veículos de notícias afetam uma neutralidade inexistente, como a larga maioria da classe jornalística perdeu qualquer resquício de compromisso com a verdade, mente-se por vaidade, ideologia ou razões financeiras sem a menor cerimônia ou demonstração de sentimento de culpa. 


O genuíno arrependimento demonstrado pelo protagonista do filme parece impensável nos atuais jornalistas defecados das faculdades com as mentes destruídas pelo desconstrucionismo, a Teoria Crítica e todo arsenal ideológico que rompeu o contato daqueles com a realidade.


Filme Nota 4 (escala de 1 a 5)

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