Relato da evolução de Bella Baxter, uma jovem trazida de volta à vida por um cientista nada ortodoxo. Dirigido pelo grego Yorgos Lanthimos, responsável pelo curioso Lobster (2015). Mas desta vez sua obra não funciona como comédia (não provoca sequer um sorriso em nenhum momento), e tão pouco como drama (impossível ter empatia por qualquer personagem).
Poor Things não passa de um bem produzido soft porn bizarro para verter ideologia feminista, tanto que a crítica Victoria Alexander do site Films in Review celebra a personagem Bella Baxter como o novo arquétipo feminino.
Pois o filme escancara o modelo feminino progressista como promíscuo, safista, vulgar, egoísta e coletivista – o único momento não autocentrado da personagem é na deslocada cena de piedade pelos favelados, que, como boa socialista, tenta ajudar com o dinheiro dos outros.
Como não podia deixar de ser, o filme ainda ridiculariza todas as figuras masculinas, ora misóginas ora emasculadas, sem perder a oportunidade de degradar a Igreja e as Forças Armadas. Mas o pior de Poor Things é a pouca disfarçada apologia à pedofilia fantasiando as reações ao sexo de uma mente infantil.
O fato do filme ser reverenciado pela crítica e boa parte da audiência apenas revela o estágio de profunda decadência moral da presente civilização.
Filme Nota 1 (escala de 1 a 5)