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The Exorcist (1973)

Karras: “Why this girl?" Merrin: “The girl is not the target. The girl is us, every one of us in this house, and the purpose is to make us feel vile, bestial, rotten and corrupt so that even if there were a God, he could not possibly love us.


Epígrafe: “In our sleep, pain, which cannot forget, falls drop by drop upon the heart until, in our own despair, against our will, comes wisdom through the awful grace of God. – Adaptação de Ésquilo que Robert Kennedy proferiu após o assassinato de Martin Luther King Jr.


Talvez o melhor filme de terror de todos os tempo. Jatos de vômito, automutilações e cabeças girando não têm a menor importância, pois o filme lida com questões humanas muito mais profundas do que os filmes de terror convencionais. O Exorcista é uma representação figurada de nosso angustiado mundo. Uma sociedade afligida por dúvidas, confiante na ciência, mas sentindo, perguntando-se se pode haver mais no céu e na terra do que é permitido em nossa filosofia materialista.


As cenas iniciais do filme demonstram uma sociedade descendendo ao caos: perda da fé, família separada, liberalidade sexual, drogas, perda de hierarquia, coletivismo – o caos e o mal que espreitam logo abaixo da superfície da civilização.


As personagens principais do filme são levadas à beira do desespero, por crises em suas vidas pessoais e pelo confronto com uma força invasora e maligna. A possessão da personagem Regan é uma alegoria do domínio do Mal concedido pelo afastamento do Bem no seio social. Mal este que só poderá ser vencido através da bondade manifestada no amor sacrificial dos seres humanos comuns diante de tamanha malícia.


O melhor trabalho do diretor William Friedkin e uma atuação impecável de Ellen Burstyn.


Filme Nota 5 (escala de 1 a 5)



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