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O Brasil nos arquivos do StB


Este é único sucesso real das esquerdas: sua capacidade de difamação. – Paulo Francis (1930-1997) em Trinta Anos Esta Noite sobre 1964


O pior do comunismo não é a opressão, mas a mentira.” – Aleksandr Soljhenitsyn (1918-2008)


Quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre. – Mário Lago (1911-2002), ator e comunista, instruído militantes de esquerda


Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento? – Millôr Fernandes (1923-2012), sobre as indenizações da Comissão da Anistia

Ladislav Bittmann (1931-2018), ex-agente da StB (serviço de inteligência da antiga Tchecoslováquia), publicou em 1972 The Deception Game: Czechoslovak Intelligence in Soviet Political Warfare onde confessa que a agência checa atuava a serviço da KGB soviética, particularmente na América Latina. Destacou, no caso do Brasil, a Operação Thomas Mann (também identificada como AO MANN e AO TORO) responsável por falsificar e distribuir uma série de documentos (papéis timbrados do FBI e outras instituições com os nomes de, entre outros, Thomas Mann, J. Edgar Hoover e Thomas A. Brady) que provariam o envolvimento americano no Contragolpe de 1964. As falsificações foram divulgadas por jornalistas, políticos e funcionários públicos brasileiros cooptados como agentes – o plano funcionou, e o mantra da interferência americana na deposição de João Goulart, repetido até hoje, foi transformado em livro (O Golpe Começou em Washington) em 1965 pelo jornalista e militante comunista Edmar Morel (1912-1989).


Apesar da relevância da informação de Bittmann, nenhum jornalista ou historiador brasileiro procurou aprofundar sobre o tema e instruir o público brasileiro. Em 1985 Bittmann volta a publicar a mesma história em The KGB and Soviet Disinformation, apenas para novamente cair nos ouvidos moucos da intelligentsia nacional. Nem mesmo a sistemática liberação dos documentos da StB a partir de 1996 promovida pelo governo checo, após livrar-se de canga comunista, animou nossos jornalistas e historiadores a buscar uma maior compreensão do papel da StB-KGB naquele relevante momento da nossa história.


Foi necessário que um tradutor brasileiro residente na Polônia (Mauros “Abranches” Kraenski) e um colunista checo (Vladimír Petrilák) fizessem aquilo que nossa classe dita bramânica se recusou a empreender e tentou esconder. Ambos começaram a investigar os arquivos da StB e já nos brindaram com duas obras reveladoras: 1964: O Elo Perdido (2017) e A Traição Invisível: Brasileiros nos arquivos do serviço secreto comunista (2022).


Os documentos levantados comprovam que a StB era subalterna a KGB, tendo como principal missão na década de 60 desacreditar os EUA e aproximar os países do Terceiro Mundo à URSS e seus satélites. A StB inicia suas operações no Brasil em 1952, contando com operativos checos, instalados na sua embaixada no Rio de Janeiro, que montaram uma rede de jornalistas, políticos e funcionários públicos brasileiros alinhados ideologicamente ao comunismo e remunerados para velhaquear o povo brasileiro.


Infelizmente muitos documentos foram destruídos, impossibilitando dimensionar todo o escopo das ações da StB no Brasil e de identificar todos “brasileiros” comprados para trair o país. Mas os trabalhos iniciais dos pesquisadores acima já identificaram as seguintes operações ativas (AO) excecutadas pela StB no Brasil:


AO MANN e AO TORO: produziu e manipulou uma série de documentos forjados para fomentar o antiamericanismo, culminando com a implicação dos EUA no contragolpe de 1964. A ação difamatória envolveu diversos agentes brasileiros pagos pela StB, segue a identidade de alguns deles:


Flávio Tavares (1934- ): jornalista do Última Hora, atualmente articulista do Zero Hora (codinome LENCO). Escalado pelos checos para ações de desinformação e política de influência. Foi Tavares quem levou seu amigo e deputado Guerreiro Ramos a mentir sobre a política externa americana no parlamento, tendo este que se retratar posteriormente. Inicialmente traiu o país em troca de garrafas de bebidas e “frasquinhos de perfume”, depois passou a exigir dinheiro. Trabalhou muito para a StB, chegando a fazer amizade com o pessoal da embaixada americana para repassar informações aos checos. No dia do Contragolpe correu para esconder-se na embaixada iugoslava. Recebeu prêmio milionário da Comissão da Anistia – há anos vive em Búzios às custas do povo brasileiro. Curiosamente o filho de Flávio Tavares realiza em 2013 um documentário panfletário (O dia que durou 21 anos) que tenta empurrar o mesmo engodo da interferência americana – o roteiro foi escrito pelo pai. Camilo Tavares dirigiu até hoje apenas dois filmes (documentários), ambos repetindo fabulações esquerdistas referentes aos anos 60 e financiados pelo Erário – tal pai, tal filho… mentirosos e vagabundos vivendo às custas do povo.


Roberto Plassing (1927-?): jornalista do Última Hora, Diário Carioca e O Estado de São Paulo. Também participou da AO VOLHA de desinformação. Queria ser bem pago por seus serviços, pois tinha muitos gastos com amantes. Também atuou na AO ONASIS. (codinomes KAT e PAULO)


Luiz Vasconselos (1920-?): redator do Diário de Notícias e Conjuntura Econômica. Também operava atividades contra a embaixada americana e a USIS (US Investigation Services). Era pago em dinheiro por seus serviços. (codinomes ARAB e LEANDRO)


Antonio Luiz Fernando d’Araújo (1930-?): geólogo e funcionário da Petrobrás (presidiu o clube de engenheiros da estatal). Também operava atividades contra a embaixada americana e a USIS. Exigia um salário mensal para colaborar. (codinome KANO e ARAGON).


Jadiel Ferreira de Oliveira (1937- ): funcionário do Ministério das Relações Exteriores, depois embaixador. Operava com o agente KANO acima. Atualmente é petista. (codinome LYMO)


AO STROJ: relacionada ao controle e direção do jornal O Seminário, financiado pela StB e KGB. Curiosamente este pasquim era celebrado como sendo “totalmente independente” na “defesa dos interesses do Brasil” – mentira é a essência do comunismo. Ambos fundadores do jornal eram agentes da StB: Joel Magno Ribeiro da Silveira (1918-2007 – codinome KRNO) e Oswaldo Costa (1900-1967 – codinome STROJ)


AO LAVINA: a maior parte da documentação foi destruída, restando apenas o suficiente para identificar tratar-se de outro jornal controlado pela StB-KBG.


AO LUTA: visava “causar demonstrações e tumultos antiamericanos” e, potencialmente, “provocar uma guerra civil no Brasil”, fazendo com que os ideologicamente alinhados (i.e. comunistas) “tomassem o poder”. Entre as ações descritas encontravam-se: (a) convencer Jânio Quadros a realizar declarações antiamericanas (estaria aqui a explicação da esdrúxula condecoração de Che Guevara por Quadros?), (b) difamar Carlos Lacerda como agente americano seguida de agitações populares, (c) usar as Ligas Camponesas para demonstrações antiamericanas, (d) reforçar o armamento da 1ª Divisão do 3º Exército sob o comando do General Oromar Osório (1911-1981), aliado de Brizola, e (e) organizar um “exército no norte” unindo as Ligas Camponesas e as demais forças esquerdistas, enviando-lhes armamento via Cuba (as armas foram enviadas – ver O Apoio de Cuba à Luta Armada no Brasil de Denise Rollemberg) .

AO DON: apoiar o novo regime cubano (1961) plantando nos jornais artigos escritos pela KGB. Osny Duarte Pereira (1912-2000) juiz do Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara. trabalhou nesta ação (codinome DURAN).


AO DRUZBA: criar a Frente Nacional de Apoio a Cuba para parecer que o povo brasileiro espontaneamente apoiava a revolução cubana. A StB financiou a publicação de manifestos, impressão de folhetos (AO LEAL), e organização do amplamente divulgado Congresso Continental de Solidariedade a Cuba em 1963 em Niterói-RJ. Importante lembrar que no ano anterior fora descoberto que Cuba financiava o treinamento de guerrilheiros brasileiros em solos cubano e brasileiro (ver Varig voo 810 nas notas abaixo).


Trabalharam nesta ação os agentes: (a) Ramon dos Santos Belo (1918-?) capitão do exército na reserva. Também atuou na AO LUTA. Encontrou-se 119 vezes com os agentes checos e era pago em dinheiro. (codinome LAR e CIM), e (b) Celso Teixeira Brant (1920-2004) advogado e político. Fora ministro da educação no governo de Juscelino. Ajudava os checos na contrainteligência militar e política de influência (codinome MACHO).


AO MANUEL: apoio checo à ação cubana de treinamento de guerrilheiros e terroristas brasileiros (e de outros países da América Latina) em Cuba. A StB organizava a falsificação de passaportes e a logística de envio e retorno dos terroristas brasileiros à Cuba. A Federação Mundial dos Sindicatos e a União Internacional de Estudantes, ambas organizações de fachada da KGB, auxiliavam na logística.


Entre os terroristas enviando do Brasil para treinamento em Cuba estava Alípio de Freitas (1929-2017), português de nascimento, onde foi ordenado padre, e terrorista no Brasil. Famoso por seu apego ao álcool e orgias sexuais. Apesar de seus crimes, e de nem brasileiro ser, foi agraciado com polpuda pensão pela Comissão da Anistia com dinheiro expropriado do povo brasileiro.


Até o início dos anos 70, Cuba treinou pelo menos 202 militantes brasileiros em guerrilhas urbana e rural.

AO MARTINEZ: derivada da AO MANUEL, buscava contato com os terroristas brasileiros em trânsito em Praga, indo e vindo de Cuba, para recrutar futuros agentes.


AO KLACEK: contra a política exterior americana em relação ao Brasil, trabalhava para o descrédito da CIA e dos ambientes de direita no Brasil.


AO LIGA: desacreditar e boicotar a Aliança para o Progresso, proposta do presidente John F. Kennedy para acelerar o desenvolvimento econômico e social na América Latina.


AO PRÁVO: publicação e divulgação de livro do político argentino Enrique Ventura Corominas (codinome PILAR) que fora escrito sob encomenda da KGB difamando a politica americana para a América Latina (Cuba em Punta del Leste). Celso Teixeira Brant (codinome MACHO) foi escalado para esta ação.


AO LAVINE: organização de uma editora (ACAICA) e de um jornal (Frente Popular – abortado) ao cargo de Celso Teixeira Brant (codinome MACHO).


AO MARS: atuou na difamação da ação americana do Peace Corp.


AO HARLEM: campanha de imputação de racismo aos EUA.


AO JISKRA: estabelecimento de uma nova organização estudantil militante.


No período imediatamente anterior ao Contragolpe de 1964 a StB tinha 15 agentes e contatos secretos à sua disposição no Brasil, fora uma larga base de contatos adicionais que poderia ser usada na execução de diferentes operações ou na coleta de informação. Além dos listados acima, já foram também identificados os seguintes agentes e colaboradores “brasileiros”:


Antônio Houaiss (1915-1999): diplomata, jornalista e filólogo (coordenador do dicionário Houaiss), começou sua atuação de agente comunista passando informações de bastidores do Ministério das Relações Exteriores e da elite brasileira com a qual convivia, e terminou repassando conteúdo de documentos secretos do Itamaraty. Inicialmente atraído por razões ideológicas (seguia a balela da “luta contra o imperialismo”), Houaiss não dispensou ser remunerado por seus serviços com bebidas, obras de arte e produtos exóticos de outros países. A StB considerava-o um agente de baixo custo que alegremente contava tudo o que sabia. Ao final também recebeu recompensas em dinheiro que aceitava com satisfação. (codinome HONZA)


Pery Cotta (1939- ): jornalista, então chefe da seção de economia do Diário Carioca, anos mais tarde foi presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (nada mais natural, um desinformante comunista liderando uma corja de cavilosos). Recebia dinheiro para publicar desinformação, obter informações e indicar outros potenciais recrutáveis – fornecia tudo aquilo que “lhe caía nas mãos”. Seu contanto na StB reclama de sua ânsia por mais dinheiro, chegando a solicitar um salário mensal. Como não poderia deixar de ser, este devoto a Mamon também foi premiado pelos cúmplices da Comissão da Anistia com uma poupuda pensão às custas do povo. (codinome KALMAN)


Wilson Alves Souza (1930-2016): diplomata, trabalhou em Praga e na seção de códigos do Ministério de Relações Exteriores. Bissexual, foi levado para Praga pelo então embaixador (Fernando Nilo de Alvarenga, listado abaixo) como amante. Os arquivos da StB descrevem a embaixada brasileira em Praga como um antro de corrupção (comércio ilegal de moedas e antiguidades) e desvio moral (mulheres, álcool e homossexualismo) – “um grupo excepcionalmente estragado que usava o cargo público para benefício pessoal”. Nada surpreendente visto que o Itamaraty faz parte do estamento burocrático brasileiro e, portanto, composto por vira-bostas. Com tráfego entre as embaixadas, Souza ia para a cama de qualquer um em busca de informações que pudesse vender à StB. Vendeu toda informação que podia no período em que esteve na seção de códigos do MRE – entre eles um telegrama que falava que “existem nos EUA centros de preparação para a invasão de Cuba e que uma grande operação militar estaria sendo preparada” (eis a prova de que Cuba já estava informada sobre a invasão Baía dos Porcos em 17/04/1961). Morreu como respeitado pastor protestante. (WILLY e LAGO)


Fernando Nilo de Alvarenga (1908-?): foi embaixador brasileiro em Praga até 1959. Recrutado graças à sua “perversão sexual” – homossexual. (codinomes ADOLFO e SÉF)


João Vilar Dantas Ribeiro (1928-1989): apresentado a StB por Paulo Silveira, diretor do jornal Última Hora. Agente bem avaliado, mas descrito como indisciplinado e apenas interessado em colaborar mediante altos pagamentos. Primo do embaixador João Dantas, sobrinho do general Jair Ribeiro Dantas, e amigo do secretário particular de Jânio Quadros: José Aparecido de Oliveira (1929-2007). Através de seus contatos parasitava entre os órgãos públicos de segurança e incessantemente procurava a StB para vender informações que levantava em seus empregos e com amigos do alto escalão político. Dantinha, como era tratado pelos amigos, não hesitou em trair os patrões checos quando percebeu estar em perigo. (codinomes RUBEN e LOBO)


Francisco Julião Arruda de Paula (1915-1999): líder do grupo terrorista agrário, conhecido como Ligas Camponesas, fundado pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro) em 1945. Segundo relatório da StB, Julião “é bom de discursos e criação de slogans”, mas “tem medo de ações concretas”. De fato, Julião só queria mesmo receber dinheiro de Cuba para financiar as Ligas (e financiar-se pessoalmente), para isso sempre mentia aos cubanos sobre a real dimensão das forças das Ligas (chegou a afirmar ter cem mil homens armados para apoiar a revolução) – o grupo dissolveu-se como fumaça tão logo Goulart caiu. (codinome JULIAO)


Clodomir Santos de Morais (1928-2016): sociólogo e jornalista, líder camponês (i.e. terrorista treinado em Cuba), braço direito de Julião. Em maio de 1961 esteve em Cuba com Julião negociando armas visando montar focos de guerrilha no Brasil. (codinome MOSCA)


João Pedro Teixeira (1918-1962): “quadro” do Partido Comunista tornado líder e mártir das Ligas Camponesas da cidade de Sapé, nos anos 1960 (ver o documentário panfletário Cabra Marcado Para Morrer). Segundo Antônio Dantas, dissidente da direção do PCB na região, era assalariado da StB que repassava a grana de Moscou para Cuba, Argentina (Instituto Morazon), Brasil e outros países da América Latina cooptados para manter acesa no campo a “guerra revolucionária”.


Rubens Paiva (1929-1971): deputado federal do PTB, identificado pelo StB como comunista radical e combativo. Estava sendo recrutado pelos tchecos quando eclodiu o contragolpe e ele fugiu para a Iugoslávia.


Almino Monteiro Álvares Afonso (1929- ): deputado federal (PTB), foi ministro do trabalho e das questões sociais no governo de Goulart. Informava ao StB seu contatos com guerrilheiros brasileiros. Atualmente filiado ao PSB, rouba dinheiro do povo brasileiro via a infame Comissão da Anistia. (codinomes KATO e LAURO)


Domar Campos (1917-2006): economista, trabalhou no antigo Banco Central, no Conselho de Desenvolvimento e no ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros). Usado para política de influência, utilizado na AO KLACEK. Oferecia-se para o serviço e era pago com presentes. (codinome KELLER)


Osvaldo Orlando da Costa, Osvaldão (1938-1974): recrutado quando estudava em Praga em 1963. Teve treinamento guerrilheiro na China e foi terrorista no Brasil. Morreu no Araguaia. (codinome BOXER)


José Gonçalves Carneiro (1925- ): economista, conselheiro da Confederação Nacional da Indústria. Usado para atividade contra a embaixada americana e a USIS (US Investigation Services). Era pago com garrafas de bebida e pacotes de cigarros. (codinomes CERES e MARCOS)


Mauro Santayana (1932-?): premiado jornalista, trabalhou em Praga em 1967. Atuou na AO MANUEL quando em Havana-Cuba. Desligado quando a StB suspeitou de “desconspiração”.(codinomes LISABON, LUZA e MARTIN)


lsócrates de Oliveira (1922-?): diplomata brasileiro e embaixador do Brasil na Tchecoslováquia entre 1960 e 1961 durante o governo Juscelino Kubitschek. (codinome OREL)


Raul Francisco Ryff (1911-1989): jornalista, amigo e assessor de João Goulart designado para trabalhar diretamente no gabinete presidencial. (codinome LETO)


João A. M. (1910-?): redador de economia no jornal O Globo e funcionário do Instituto Nacional do Açúcar e Álcool. (codinome MATO)


Hermano de D. N. Alves (1927-2021): jornalista do Jornal do Brasil. Mais um “indenizado” pela Comissão da Anistia. (codinome HANÁK)


Edison Cesar de Carvalho (1918-?):economista, trabalhou na seção de códigos do Ministério de Relações Exteriores. (codinomes LATA, CALVO e CECIL)


Ana Arruda Callado (1937- ): jornalista e escritora, foi esposa do escritor Antônio Calado (codinome MIMOSA)


Gil Roberto Fernando de Ouro Preto (1931-1992): diplomata, embaixador brasileiro na Tchecoslováquia entre 1959 e 1960 durante o governo de Juscelino Kubitschek. (codinome VIENE)


Leonardo Marques de Albuquerque Cavalcanti(1927-?): diplomata brasileiro que foi embaixador na Tchecoslováquia em 1966 durante o governo Castelo Branco. Cursou a Escola Superior de Guerra em 1972 durante o governo Médici. (codinome CÁP)


Ulysses Pereira de L. F. (1920-?): economista da Confederação Nacional da Indústria e depois do COLESTE. Muito ativo “quando precisava de dinheiro”. (codinomes LOM e VÁÑA)


Maria Cecilia de Menna Baretto (1928-?): secretária no Parlamento (codinome INEZ)

Almícar G. (?): capitão da reserva, funcionário do Ministério do Trabalho e ativista do Clube Militar (codinome GOLEMe LORD)


 

A desinformação, relacionada a falsa participação americana no Contragolpe de 1964, utilizou-se de uma gravação telefônica na qual o embaixador Lincoln Gordon pedia ao presidente Lyndon Johnson que tomasse providências ante ao eminente risco de guerra civil no Brasil. Porém, (a) a conversa ocorreu em 31 de março, quando os tanques de Mourão já estavam na rua e Goulart fugindo, (b) a frota americana só chegaria ao Brasil em 11 de abril, mas regressou sem nunca aqui chegar dada a notícia de que não haveria guerra nenhuma, e (c) é obrigação constitucional (passível de impeachment) do presidente americano enviar tropas para evacuação de residentes americanos em qualquer lugar onde haja ameaça de conflito armado. O engodo foi batizado de Operação Brother Sam.

Apesar dos esforços empregados, a StB não identifico qualquer vestígio de inspiração americana no Contragolpe de 1964. Em relatório titulado “Motivos da vitória de golpe brasileiro e a situação atual” (09/06/1964) destinado ao primeiro-secretário do Partido Comunista da Tchecoslováquia consta a seguinte afirmação: “No exílio, Goulart disse que as influências estrangeiras cumpriram um papel decisivo. Eu acho que essa é uma desculpa barata para ele e para a esquerda (…).”


 

Em 2002 o governo do socialista, ex-exilado, Fernando Henrique Cardoso cria a infame Comissão da Anistia para distribuir dinheiro expropriado do povo brasileiro entre seus parceiros ideológicos socialista e comunistas que atacaram o Brasil entre 1945 e 1988. Até 2021 o Brasil já havia gasto mais de R$ 12 bilhões (sem correção monetária) com esta verdadeira Bolsa Terrorista com pouco mais de 40 mil favorecidos, seja em prestação única ou prestações mensais, numa gritante operação de concentração de renda. Conforme dados do Portal da Transparência, desde 2017 o valor pagos aos terroristas e seus familiares estabilizou acima de R$ 1 bilhão por ano – o valor orçado para 2022 é de R$ 1,19 bilhão. E ainda há dezenas de milhares de vagabundos pleiteando aumentar este butim, numa festa macabra entre pleiteadores, advogados e comissões formadas por agentes públicos corruptos.


Seguem alguns casos:


Mariana Ribeiro Prestes e Ermelinda Ribeiro Prestes, filhas de Luís Carlos Prestes, receberam R$ 100 mil de indenização, cada uma, em setembro de 2015. De acordo com a Comissão de Anistia, elas sofreram efeitos decorrentes da perseguição imposta ao pai, como visto negado para permanência no Brasil, o que teria provocado danos à família.


Carlos Augusto Marighella, único filho do guerrilheiro, foi declarado anistiado político em novembro de 2008. Começou recebendo uma parcela mensal de R$ 3,2 mil, com pagamento retroativo inicial de R$ 454 mil (valor nominal). A sua indenização já chega a R$ 2 milhões. Recebia em 2019 R$ 6,5 mil por mês. Ele foi preso pelo regime militar em 1975 e teve seus direitos políticos cassados.


Clara Charf, que foi casada com Carlos Marighela, recebia em 2019 R$ 5,2 mil mensais como viúva. Ela já tinha recebido um total de R$ 776 mil.


Apenas para recordar, Carlos Marighella (1911-1969), mais que terrorista, era um assassino cruel que matava civis desarmados (e.g. Manuel Henrique de Oliveira, dono do Bar e Churrascaria Varela) para educar a população a não falar com a polícia, liquidava companheiros que ameaçavam abandonar a luta (e.g. Ari da Rocha Miranda e Márcio Toledo Leite), e fulminava turistas por seu país confraternizar com o Brasil (e.g. o marinheiro inglês David A. Cuthberg de apenas 19 anos).


Maria Pavan Lamarca, viúva de Carlos Lamarca (1937-1971), traidor do exército e assassino que emboscava e aniquilava aqueles que chamava de “capitalistas asquerosos” (e.g. Henning Albert Boilesen), abocanhou mais de R$ 1 milhão além de uma bela pensão mensal.


Filho de Paulo Freire, Lutgardes Costa Freire pegou R$ 100 mil em julho de 2014. Ele foi obrigado a viajar com a mãe para acompanhar o pai, quando exilado no Chile, justificou a Comissão da Anistia.


O jornalista Paulo Cannabrava Filho já recebeu um total de R$ 6,5 milhões, sendo que R$ 2,8 milhões (valor nominal) foram pagos numa bolada em maio de 2019. Sua renda mensal hoje é de R$ 31,5 mil. Trabalhou como repórter de política nos jornais Correio da Manhã, Última Hora e Folha de S.Paulo, em que foi editor de política no início do regime militar.


Ex-petroleiro, Arioristo Holanda recebeu R$ 4 milhões de indenização. Atualmente, sua renda mensal é de R$ 38,5 mil como anistiado. Mas também recebe R$ 21,3 mil como aposentado pelo Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC). Ele foi deputado federal por sete legislaturas, pelo PDT, Pros, PSB e PSDB. A sua renda total chega a R$ 59,8 mil.


José Carlos da Silva Arouca foi um sindicalista ligado ao Partido Comunista Brasileiro. Sua indenização já soma R$ 4,9 milhões. Em fevereiro de 2017, recebeu uma bolada de R$ 1 milhão. Sua renda mensal como anistiado é de R$ 30,5 mil. Ele também possui aposentadoria como juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.


Carlos Heitor Cony (1926-2018), sentindo-se pressionado por sua posição política, pediu demissão do Correio da Manhã e auto-exilou-se em Cuba. Logo volta ao Brasil e segue sua carreira jornalística normalmente na Bloch Editores. Recebeu luvas retroativas de R$ 1,5 milhão e uma pensão vitalícia mensal de R$ 19 mil (valor em 2016).


Como conseguir uma mamata destas? O segredo está na relação do advogado contratado pelo pleiteante e o conselheiro da Comissão da Anistia que julgará o caso – todos se beneficiam.


A Bolsa Ditadura gerou uma indústria voraz de atravessadores e advogados que embolsam até 30% do que conseguem para seus clientes. No braço financeiro do pensionato há bancos comprando créditos de anistiados. É uma farra, uma escarrada na cara do povo.


O jornalista, ex-terrorista, Fernando Gabeira criticou as indenizações da Comissão da Anistia: “Nós queríamos implantar o comunismo no Brasil – a DITADURA do proletariado. Por isso, teríamos de rever tantas indenizações. Muitas delas ilegais e delituosas! A do presidente Lula é uma delas (pensão vitalícia mensal que em 2016 beirava R$ 6 mil), pois, ele NUNCA FOI PERSEGUIDO POLÍTICO E NUNCA FOI EXILADO POLÍTICO!!!! Ficou apenas 29 dias nas dependências do DOPS/SP, nunca foi torturado e teve até regalias. Era constantemente acompanhado pelo falecido Romeu Tuma.” (segundo Romeu Tuma Jr., Lula era um “ganso” (X9 – codinome Barba) de seu pai – ver Assassinato de Reputações)


 

Incentivados pela cumplicidade da mídia e a ignorância letárgica do povo, o esquema é reforçado com a Comissão Nacional da Verdade criado pela ex-terrorista Dilma Rousseff em 2011 (extinta em 2014). Mais que revanchismo e manipulação da história, o projeto visou reforçar pleitos e robustecer indenizações para os cúmplices esquerdistas. De fato, conseguiram subir o número de mortos e desaparecidos de 362 para 434 supostas vítimas do regime militar – mas não fez nenhuma revisão, nem menção aos 121 mortos e 343 feridos pelos terroristas. Mas morreram mais terroristas que civis (inocentes) e militares?! Claro, perderam na luta armada.


 

Na guerra contra o terrorismo houve excessos, como o uso de tortura, mas nunca no nível alardeado pelos esquerdistas que mentiam descaradamente para indispor a opinião pública contra o governo. Por isso é importante o seguinte depoimento de jornalista e ex-terrorista Mírian Macedo:


“Eu, de minha parte, vou dar uma contribuição à Comissão da Verdade, e contar tudo: eu era uma subversivazinha medíocre e, tão logo fui aliciada, já caí (jargão entre militantes para quem foi preso), com as mãos cheias de material comprometedor.


Despreparada e festiva, eu não tivera nem o cuidado de esconder os exemplares d'A Classe Operária, o jornal da organização clandestina a que eu pertencia (PC do B/AP-ML/, linha maoista, a mesma que fazia a Guerrilha do Araguaia, no Pará). Não houve filiação formal, mas eu estava dentro, era assim que eu sentia.


Os jornais estavam enfiados no meio dos meus livros numa estante, daquelas improvisadas, de tijolos e tábuas, que existiam em todas as repúblicas de estudantes, em Brasília naquele ano de 1973.


Já relatei o que eu fazia como militante. Quase nada. A minha verdadeira ação revolucionária foi outra, esta sim, competente, profícua, sistemática: MENTI DESCARADAMENTE DURANTE QUASE 40 ANOS!


Repeti e escrevi a mentira de que eu tinha tomado choques elétricos (por pudor, limitei-me a dizer que foram poucos, é verdade), que me deram socos e empurrões, interrogaram-me com luzes fortes, que me ameaçaram de estupro quando voltava à noite dos interrogatórios no DOI-CODI para o PIC e que eu passava noites ouvindo “gritos assombrosos” de outros presos sendo torturados (aconteceu uma única vez, por pouquíssimos segundos: ouvi gritos e alguém me disse que era minha irmã sendo torturada. Os gritos cessaram – achei, depois, que fosse gravação – e minha irmã, que também tinha sido presa, não teve um único fio de cabelo tocado).


Eu também menti dizendo que meus algozes, diversas vezes, se divertiam jogando-me escada abaixo, e, quando eu achava que ia rolar pelos degraus, alguém me amparava (inventei um “trauma de escadas", imagina). A verdade: certa vez, ao descer as escadas até a garagem no subsolo do Ministério do Exército, na Esplanada dos Ministérios, onde éramos interrogados, alguém me desequilibrou e outro me segurou, antes que eu caísse.


Quanto aos “socos e empurrões” de que eu dizia ter sido alvo durante os dias de prisão, não houve violência que chegasse a machucar; nada mais que um gesto irritado de qualquer dos inquisidores; afinal, eu os levava à loucura, com meu enrolation. Eu sou rápida no raciocínio, sei manipular as palavras, domino a arte de florear o discurso. Um deles repetia sempre: "Você é muito inteligente. Já contou o pré-primário. Agora, senta e escreve o resto".


Quem, durante todos estes anos, tenha me ouvido relatar aqueles 10 dias em que estive presa, tinha o dever de carimbar a minha testa com a marca de "vítima da repressão". A impressão, pelo relato, é de que aquilo deve ter sido um calvário tão doloroso que valeria uma nota preta hoje, os beneficiados com as indenizações da Comissão da Anistia sabem do que eu estou falando. Havia, sim, ameaças, gritos, interrogatórios intermináveis e, principalmente, muito medo (meu, claro).


Torturada?! Eu?! Ma va! As palmadas que dei em meus filhos podem ser consideradas “tortura inumana” se comparadas ao que (não) sofri nas mãos dos agentes do DOI-CODI.


Que teve gente que padeceu, é claro que teve. Mas alguém acha que todos nós – a raia miúda – que saíamos da cadeia contando que tínhamos sido “barbaramente torturados” falávamos a verdade?


Não, não é verdade. A maioria destas “barbaridades e torturas” era pura mentira! Por Deus, nós sabemos disto! Ninguém apresentava a marca de um beliscão no corpo. Éramos “barbaramente torturados” e ninguém tinha uma única mancha roxa para mostrar! Sei, técnica de torturadores. Não, técnica de “torturado”, ou seja, mentira.


Na verdade, a pior coisa que podia nos acontecer naqueles “anos de chumbo” era não ser preso. Como assim todo mundo ia preso e nós não? Ser preso dava currículo, demonstrava que éramos da pesada, revolucionários perigosos, ameaça ao regime, comunistas de verdade! Sair dizendo que tínhamos apanhado, então! Mártires, heróis, cabras bons.


Vaidade e mau-caratismo puros, só isto. Nós saíamos com a aura de heróis e a ditadura com a marca da violência e arbítrio. Era mentira? Era, mas, para um revolucionário comunista, a verdade é um conceito burguês, Lênin já tinha nos ensinado o que fazer.


E o que era melhor: dizer que tínhamos sido torturados escondia as patifarias e “amarelões” que nos acometiam quando ficávamos cara a cara com os "ômi". Com esta raia miúda que nós éramos, não precisava bater. Era só ameaçar, a gente abria o bico rapidinho.


Quando um dia, durante um interrogatório, perguntaram-me se eu queria conhecer a “marieta”, pensei que fosse uma torturadora braba. Mas era choque elétrico (parece que “marieta” era uma corruptela de “maritaca”, nome que se dava à maquininha usada para dar choque elétrico). Eu não a quis conhecer. Abri o bico, de novo.”

 

Enquanto as torturas praticadas pelos militares, a grande maioria narrativas falsas, são narradas a exaustão, os suplícios impingidos pelos terroristas são escamoteados da história. Um deles é exemplar da ética comunista: o filho de um mateiro no Araguaia, João Pereira (17 anos), conduziu os militares pela selva. No dia 29 de junho de 1972, após tomar conhecimento da colaboração do jovem, integrantes da guerrilha do PCdoB foram até sua casa, prenderam João e o torturaram na frente dos pais. Primeiramente cortaram suas orelhas, depois seus dedos e as mãos e, finalmente – depois do desmaio da horrorizada mãe – o mataram com uma facada. Era apenas uma mensagem para o resto da população sobre qual seria o destino de quem colaborassem de alguma forma com a polícia.


O socialista/comunista acredita-se um ser superior, conhecedor do inexorável futuro glorioso que ele proporcionará ao mundo. Logo, para ele, sua violência é superior as outras, e plenamente justificável – é um psicopata.


 

Notas


  • StB foi o serviço de inteligência da antiga Tchecoslováquia durante a Guerra Fria. Seu nome em tcheco, Státní bezpečnost (StB) e em eslovaco, Štátna bezpečnosť (ŠtB) pode ser traduzido como: “Segurança Estatal” ou “Segurança do Estado”.

  • Em 1989 a Revolução de Veludo derruba o regime comunista tcheco e dissolve a StB. Em 1990, após 55 anos, a Tchecoslováquia voltava a ter eleições livres.

  • A documentação não destruída da StB encontra-se disponível na ABS (Arquivos do Serviço Secreto), parte integrante do ÚSTR (Instituto para Estudo dos Regimes Totalitários) em Praga, República Tcheca.

  • Os documentos da StB fazem referência a pessoas que não podiam ser abordadas pois já trabalhavam para a KGB no Brasil. Também não podiam recrutar membros do Partido Comunista local – todos automaticamente lacaios da URSS e KGB.

  • A StB no Brasil informou aos superiores em Praga que depois do contragolpe, Brizola, desde o refúgio no Uruguai, organizava unidades terroristas nos territórios menos habitados do Brasil. A ideia era provocar o caos no país através de sabotagens e terror, e, quando surgisse a oportunidade, retornar ao país para liderar o movimento armado.

  • Em 1959, Jânio Quadros (1917-1992) visitou Moscou acompanhado de um tradutor com o qual fez amizade. Reencontraram-se em Cuba na visita e Quadros àquele país. O “tradutor” era Alexandr Alexeyev (1913-2001), um oficial da KGB.

  • Em julho de 1961 a StB estava organizando a entrada no Brasil de médicos soviéticos disfarçados de turistas para examinar a enfermidade nos olhos de Jânio Quadros. A ação foi abortada com a renúncia de Quadros.

  • Em 27 de novembro de 1962 o voo Varig 810 cai no Peru matando os 97 ocupantes. Na bagagem recuperada foram encontrados documentos numa mala diplomática cubana implicando as Ligas Camponesas e o Instituto de Colaboração Cultural Cuba-Brasil no treinamento de grupos armados em Cuba e no Brasil. Fidel Castro então financiava o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), que planejava, relata Elio Gaspari em A Ditadura Envergonhada, “a montagem de um "dispositivo” militar espalhado por oito áreas de treinamento compradas em sete Estados”. (ver Vidas, Lutas e Sonhos do terrorista Tarzan de Castro). O governo Goulart optou por ignorar o caso.

  • O agente tcheco (codinome Bakalár) descreveu assim o brasileiro: “… no Brasil, por regra, encontramos pessoas ignorantes, que, mesmo com numerosos títulos científicos, não chegam aos pés da nossa gente com formação primária”. Outro agente tcheco, codinome Honza, informava seus superiores que “todo o povo (brasileiro) é educado em um espírito de desprezo para com o trabalho”. E ainda o agente (codinome Jezersky): “… características tipicamente brasileiras, como falta de coerência e falta de regularidade”. Fica claro que a StB não tinha muito apreço por seus lacaios brasileiros.

  • Em maio de 1961, o dirigente do PCB (Partido Comunista Brasileiro) Jover Telles escreveu quatro páginas intituladas "Relatório à Comissão Executiva sobre minhas atividades em Cuba”. No documento, endereçado ao núcleo supremo do CC (Comitê Central) do partido, ele detalhou o dia a dia da sua missão. Telles chegou a Havana em 30 de abril de 1961. Deixou a cidade em 23 de maio. No item 12 do relatório, Telles escreveu: “Curso político-militar: levantei a questão. Estão dispostos a fazer. Mandar nomes, biografia e aguardar a ordem de embarque”. (AO MANUEL)

  • Obviamente nem todas pessoas abordadas pela StB se sujeitaram ao papel de traidor. Um caso emblemático é o de Anna Guttmann, judia tcheca simpatizante do comunismo que escapou do holocausto e imigrou para o Brasil, onde sua família alcançou sucesso empresarial e bom relacionamento com a elite local. A StB tentou recrutá-la, inclusive com ameças à sua família ainda na Tchecoslováquia, mas Anna recusou participar daquela sordidez alegando estar em dívida com o Brasil que a acolheu naquele momento de dificuldade. Esta atitude de uma imigrante apenas demonstra o tamanho da torpeza dos brasileiros que se venderam por uma ideologia embusteira e/ou dinheiro.

  • Segue reprodução de um relatório de 1985 do chefe de 18ª Seção de documentação da StB – seção responsável pelos ilegais, ou seja, agentes vivendo no estrangeiro sob uma identidade falsa – destinado “aos amigos cubanos” e intitulado Sobre a formação de grupos comunistas no norte do Brasil. Dá uma boa ideia da natureza do então PMDB que assumiria o comando da nação com José Sarney: Aos amigos cubanos. Sobre a formação de grupos comunistas no norte do Brasil Nossas fontes confiáveis concluíram de forma unânime que um forte grupo político, inclinado para o Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi formado no norte do Brasil nos estados do Ceará e Pernambuco. Seus líderes estão ligados à oposição do Brasil, o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). A atuação do grupo tem sido destacada na luta pré-eleitoral, quando apoiaram firmemente a candidatura de Tancredo NEVES contra as forças reacionárias que apoiam a candidatura do fascista Maluf. Nesse contexto, a fonte descreveu e caracterizou o status do Partido Comunista Brasileiro (Partido Comunista do Brasil). Nossa fonte, um ex-marxista, diz que são ligados à Albânia, o partido foi criado durante o movimento MR-8, influenciado por Che Guevara. Ele os rotulou como extremistas de esquerda rasteiros e irrealistas. Em sua opinião, eles não têm chance de ganhar status legal sob o mandato de Tancredo NEVES. Há uma série de correntes ultra esquerdistas, anarquistas, terroristas e outras reacionárias nas fileiras deste partido. Chefe do Departamento I da SNB – 18ª Secção

  • Há muitas histórias mal contatas sobre o período militar, uma delas envolve a morte do jornalista comunista Vladimir Herzog (1937-1975) nas instalações do DOI-CODI em São Paulo. A esquerda fez intenso uso do seu cadáver para atacar o governo, porém nunca foi explorada a confissão do então cônsul inglês em São Paulo, George Hall (1925-1980), de que Herzog prestava serviços para o Serviço Secreto inglês. O próprio cônsul veio depois a morreu em circunstância estranhas. (ver depoimento de Paulo Egydio Martins, ex-governo de São Paulo, ao CPDOC-FGV)

  • O assassinato de Ari da Rocha Miranda, a mando de Carlos Marighella, foi levado a cabo por Eduardo Collen Leite (1945-1970 – codinome Bacuri). Ari e seu amigo, Wilson Conceição Pinto, eram militantes da ALN, mas, após participarem de algumas ações armadas solicitaram a Marighella retornar ao antigo trabalho na Frente de Massas (recrutamento de novos militantes). Foi o suficiente para a Marighella decretar a morte de ambos. Durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais, em São Paulo, ambos estavam presentes quando o “companheiro” Bacuri traiçoeiramente começa a disparar contra eles. Ari morreu e, ferido, Wilson conseguiu fugir. Cinco anos depoisAri encontrou justiça e Bacuri foi morto pelos militares. Mas graças à desinformação e manipulação histórica, Bacuri é celebrado no Brasil: (a) em 1990 foi homenageando com a medalha Chico Mendes de Resistência, (b) em Belo Horizonte (MG) há uma rua com seu nome, e (c) um Centro de Convivência em São Paulo ganhou seu nome durante o governo da comunista Luíza Erundina.

  • Nunca, na história do mundo, uma revolução comunista foi abortada e sua resistência armada derrotada com tão escasso derramamento de sangue como aconteceu no Brasil nos anos 1960-70s. Comparativamente, no Chile registrou-se mais de 40 mil terroristas mortos e desaparecidos, e na Argentina algo como 30 mil terroristas abatidos.

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