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Ilusões Perdidas de Honoré de Balzac


Personagens Principais Luciano de Rubempré Chardon – jovem poeta interiorano, filho do farmacêutico Eva Chardon – irmã de Lucien David Séchard – amigo de Luciano, dono de uma gráfica e esposo de Eva Senhora de Bargeton (Luísa – Näis) – nobre decadente, interessada em Luciano Estêvão Lousteau – jornalista espertalhão especializado em teatro de baixa categoria Daniel de Arthez – jovem escritor pobre, contraponto moral de Estevão Corália – atriz, dezoito anos, apaixona-se por Luciano


Personagens Secundárias Senhor de Châtelet – diretor das Rendas Indiretas, matreiro, interessado em Luísa Senhor de Chandour – notório fofoqueiro em Angoulême Marquesa de Espard – prima de Luísa, socialite de Paris O Cenáculo – grupo de nove intelectuais liderados por Daniel de Arthez Andoche Finot – dono do jornal onde Luciana inicia-se no jornalismo Dauriat – editor, “sultão da livraria” no centro comercial Galeria de Madeiras Florinda – atriz, dezesseis anos, amante de Matifat e de Lousteau Matifat – rico droguista que mantinha Florina Camusot – rico comerciante, mantenedor de Corália Heitor Merlin – jornalista enciumado com o sucesso de Luciano Berenice – empregada de Luciano e Corália

Interpretação Se alguém pensa que é importante, quando de facto não o é, está-se enganando a si mesmo.” São Paulo – Carta aos Gálatas 6:3

Luciano é frustrado com sua condição e ambiciona ser nobre. Ele quer ser alguma coisa, mas é incapaz de fazer alguma coisa, daí seu fascínio pelo título de nobreza. Vivendo uma completa falsidade existencial, aventura-se pelo atalho jornalístico carecendo que qualquer grandeza de caráter. Arthez define Luciano com exatidão: “Seu Luciano é um homem de poesia, mas não um poeta; ele sonha, mas não pensa; ele se agita mas não cria.”

A sociedade brasileira padece da patologia de Luciano – vive de aparências. O título ambicionado por Luciano corresponde a sinecura sonhada pelos brasileiros – uma constante busca por privilégios.


 

Notas

  • Honoré de Balzac (1799-1850) nasceu em Tours, França.

  • A Comédia Humana de Balzac é composta de 93 obras (romances, novelas, contos e ensaios) concentradas em Estudos de Costumes (as outras classificações são Estudos de Filosofia e Analíticos). Os Estudos de Costumes dividem-se entre Cenas da Vida Privada, Provinciana, Parisiense, Política, Militar e Campestre.

  • Suas principais obras são: Ilusões Perdidas (1843), Pai Goriot (1834), Eugénie Grandet (1833), Pele de Onagro (1831), Prima Bette (1846) e História da Grandeza e da Decadência de César Birotteau (1837).

  • Balzac não é um escritor profundo, mas conta melhor que ninguém como funcionava a mentalidade da nova classe burguesa, não aristocrática, e com forte interesse nos aspectos econômicos – é o rei da narrativa psicológica deste francês novo.

  • O sucesso de Ilusões Perdidas levou Balzac a escrever uma sequência denominada Esplendores e Misérias das Cortesãs (publicada em quatro partes entre 1838 e 1847).

  • Estêvão Lousteau e Daniel de Arthez lutam pela alma de Luciano.

  • As personagens são esquemáticas.

  • Também os leitores perdem suas ilusões com relação ao teatro, jornalismo, editores de livros e o sistema de notas promissórias.

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