Quando uma bela estranha leva o hacker de computador Neo a um submundo ameaçador, ele descobre a verdade chocante: a vida que ele conhece é o elaborado engano de uma inteligência cibernética maligna. Distopia que mais parece um videogame. Tem muita ação, chamativos efeitos especiais e um início enigmático de curta duração, mas tudo resulta num insulto pretensioso à mente.
Qualquer mentira se baseia em premissas verdadeiras, sem as quais ela não poderia sequer ser formulada. Não é da natureza do falso poder encobrir a realidade como um todo – “nada agrada mais aos demônios do que hipertrofiarem seus poder” (Santo Agostinho). Longe de ser uma critica à falsificação, a premissa do filme é uma falsificação em si mesma: denunciar um mundo falso impossível de existir. Só pode existir um campo imaginativo semântico falso dentro do mundo real. The Matrix acaba embotando a capacidade de distinguir entre o verdadeiro e o falso.
The Matrix teve duas continuações lançadas em 2003: The Matrix Reloaded e The Matrix Revolutions, que nada acrescentaram à narrativa, apenas repetindo efeitos especiais ad nauseam. A saga Matrix não passa de um exercício interminável e estéril de onanismo cinematográfico.
The Matrix (1999): Filme Nota 3 (escala de 1 a 5)
The Matrix Reloaded (2003): Filme Nota 1 (escala de 1 a 5)
The Matrix Revolution (2003): Filme Nota 1 (escala de 1 a 5)