Desinformação é a manipulação da opinião pública com fins políticos através da informação tratada por meios indiretos (como propaganda ou com mentira). Sua maior eficácia demanda que o veículo da informação (pessoa ou organização de mídia) seja insuspeito, ou ainda melhor, um agente infiltrado posando de partidário do lado oposto ao des-informante.
Sintomas para detectar quando uma campanha de desinformação está em andamento:
Todos dizem a mesma coisa.
O público é saciado apenas com a versão de um lado da questão.
Todos os bons de um lado e os maus do outro lado da questão.
O tema transforma-se em psicose coletiva.
Lista de articulações essenciais para empreender uma campanha de desinformação:
Cliente: o interessando na questão.
Agentes: profissionais acionados.
Pesquisa de mercado: definir o que vender, a quem vender e quando vender.
Base: sobre o que e quem se constrói o caso.
Meios: mídia utilizada para o kick-off.
Tema: motto principal da campanha.
Tratamento do tema: criação de palavras, frases e imagens que colem na mente.
Demonização: seleção de figuras para focar a revolta.
Caixa de ressonância: mídias não diretamente envolvidas na campanha mas que a repetem (inclui público já enganado)
O autor também apresenta a lista de Alvin Toffer do que deve constar de uma campanha de desinformação para conquistar mentes e corações:
Acusação de atrocidades.
Exagero hiperbólico dos riscos.
Demonização e desumanização do adversário.
Fomento da polarização no caso de resistência.
Invocação de uma sanção “divina” (das instituições – nacionais ou internacionais – e/ou do público).
Metapropaganda: desacreditar as informações do adversário. A regra é simples: tudo o que digo é verdade e tudo que o inimigo diz é mentira.
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