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Désinformation: flagrant délit de Vladimir Volkoff



Desinformação é a manipulação da opinião pública com fins políticos através da informação tratada por meios indiretos (como propaganda ou com mentira). Sua maior eficácia demanda que o veículo da informação (pessoa ou organização de mídia) seja insuspeito, ou ainda melhor, um agente infiltrado posando de partidário do lado oposto ao des-informante.


Sintomas para detectar quando uma campanha de desinformação está em andamento:

  • Todos dizem a mesma coisa.

  • O público é saciado apenas com a versão de um lado da questão.

  • Todos os bons de um lado e os maus do outro lado da questão.

  • O tema transforma-se em psicose coletiva.


Lista de articulações essenciais para empreender uma campanha de desinformação:

  • Cliente: o interessando na questão.

  • Agentes: profissionais acionados.

  • Pesquisa de mercado: definir o que vender, a quem vender e quando vender.

  • Base: sobre o que e quem se constrói o caso.

  • Meios: mídia utilizada para o kick-off.

  • Tema: motto principal da campanha.

  • Tratamento do tema: criação de palavras, frases e imagens que colem na mente.

  • Demonização: seleção de figuras para focar a revolta.

  • Caixa de ressonância: mídias não diretamente envolvidas na campanha mas que a repetem (inclui público já enganado)


O autor também apresenta a lista de Alvin Toffer do que deve constar de uma campanha de desinformação para conquistar mentes e corações:

  • Acusação de atrocidades.

  • Exagero hiperbólico dos riscos.

  • Demonização e desumanização do adversário.

  • Fomento da polarização no caso de resistência.

  • Invocação de uma sanção “divina” (das instituições – nacionais ou internacionais – e/ou do público).

  • Metapropaganda: desacreditar as informações do adversário. A regra é simples: tudo o que digo é verdade e tudo que o inimigo diz é mentira.

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