Personagens Principais Bartley – escrivão Narrador – chefe de Bartley Personagens Secundárias Turkey, Nippers e Ginger Nut – outros funcionários na repartição de Bartley
Interpretação “I would prefer not to.” – Bartley
Qual o mistério da vida de Bartley? Por que ele se recusa a realizar certas tarefas, num crescente até recusar a própria sobrevivência?
Seria esta curta novela uma precursora do existencialismo? Albert Camus cita Melville como uma de suas influências chave (The French Review – 1998).
Seria a negativa de Bartley uma expressão de liberdade diante do “sistema”? Afinal, seu único momento de raiva é destinado ao chefe (narrador) quando este o visita na prisão. Creio que não, pois o trabalho é inerente ao homem e o acumulo (capital) é próprio dos vaixás (ver O Sentido das Castas). Negar isto, é negar a natureza humana.
Mais fácil considerar Bartley um prógono do Teatro do Absurdo, com a galopante modernidade produzindo seres esvaziados do sentido da vida, inertes e pálidos.
“[…] é o absurdo contemporâneo que lesa o ser mais profundamente, e com ele o verbo, pois, desorganizando-lhe e até destruindo as determinações e, mui particularmente, a comunicação, este corre o risco de já não poder exprimir nada exceto o não-dizer (como no teatro de Ionesco)”. – Constantin Noica
Notas
Herman Melville (1819-1891) nasceu em New York, EUA.
O autor é conhecido, principalmente, por Moby Dick (1851).
Bartley, um escrivão foi publicado anonimamente em 1853.
Melville foi contemporâneo de Kierkegaard (1813-1855), precursor do existencialismo.
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